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O Palhaço

Selton Mello

ANDRÉ RODRIGUES Publicado em 13/10/2011, às 15h39 - Atualizado às 16h08

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Rir para Não Chorar
Rir para Não Chorar

Em segundo filme como diretor, Selton junta drama e humor e foca em crise de identidade

Selton Mello é um ator popular que tem a habilidade de conciliar projetos de enorme apelo comercial com outros mais autorais e de pouca visibilidade. Sua estreia na direção (Feliz Natal, 2008, em que não atuava) apontou uma trajetória de difícil comunicação com um grande público – tanto pelo tema (tragédia familiar) quanto pela estética (sufocante). Em O Palhaço, segundo filme que comanda, ele não apenas faz o protagonista, como busca outro rumo, inundando de cor e humor o que antes se anunciava como uma carreira obscura e dramática. Selton é Benjamim, dono do circo Esperança, que reúne uma trupe maltrapilha e alegremente conformada com uma vida nômade. Além de cuidar das finanças, Benjamim divide o picadeiro com o pai, Valdemar (Paulo José), e juntos formam a dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. Em crise com sua profissão (fazer rir), Benjamim busca pela sua real identidade (e vocação). Montado como um road movie circense, O Palhaço registra imagens fora do eixo urbano Rio-SP. A estrutura é ideal para participações especiais inusitadas, como as de Jorge Loredo, Tonico Pereira, Moacyr Franco e Ferrugem. Selton mostra – na frente e atrás das câmeras – um sedutor equilíbrio entre a angústia de um personagem atormentado e a leveza de uma vida cigana abençoada por aplausos.

Elenco: Selton Mello e Paulo José