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O Samba que Mora em Mim

Redação Publicado em 07/02/2011, às 09h10 - Atualizado às 09h10

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Divulgação
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Georgia Guerra-Peixe

Vó Lucíola, Mestre Taranta

Documentário sobre a Mangueira já prepara o clima para o Carnaval

O filme de Georgia Guerra-Peixe é extremamente pessoal. Não é sobre o samba, mas sim sobre a relação da diretora com ele. O Samba que Mora em Mim nasceu das suas idas, ainda criança, à Mangueira, levada pelo pai. Lá, Georgia não estava interessada na música, mas sim nas pessoas e nas histórias. O resultado é uma câmera que percorre as estreitas vielas do morro e conversa com moradores sobre suas vidas e sua relação com a agremiação. Detalhe: não há qualquer citação direta à miséria ou ao tráfico e, segundo a produção, não foi aberto diálogo com a polícia e nem com bandidos para os três meses de filmagens. O samba aparece sutilmente num cantarolar ou lá pelo fim do filme, quando a câmera chega na quadra da Mangueira e mostra a afinação dos instrumentos e trechos de ensaios. No dia do desfile, a câmera fica no morro e se divide entre as casas de quem acompanha pela TV e o vazio da rua – a imagem de um saco plástico voando, com a rua totalmente vazia, é uma das mais significativas.

MARCOS LAURO