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Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

Redação Publicado em 10/06/2010, às 08h34 - Atualizado em 10/03/2014, às 13h50

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Gyllenhall é o herói que sempre se safa no último instante - Divulgação
Gyllenhall é o herói que sempre se safa no último instante - Divulgação

Mike Newell

Jake Gyllenhall, Alfred Molina, Ben Kingsley

Eficiente, filme sintetiza anseios cinematográfi cos da “geração joystick”

Seria forçado afirmar que príncipe da Pérsia é uma das melhores adaptações dos videogames para o cinema? Nem um pouco, principalmente em se tratando de um gênero tão capenga e errático (se bem que nem há tantos exemplos assim para se caracterizar um “gênero”). Fato é que As Areias do Tempo – baseado em um jogo de 2003 que mistura elementos de um jogo de 2008 (os quais, por sua vez, foram baseados em outro game antigo, criado pelo prodígio Jordan Mechner em 1989, que também colaborou no roteiro do filme) – é um típico e eficiente filme-pipoca, e merece ser tratado como tal. As marcas registradas dos estúdios Disney e a assinatura pesada do produtor Jerry Bruckheimer transbordam pela tela: a parceria é responsável por uma das franquias mais rentáveis de todos os tempos – Piratas do Caribe –, e não parece nada impossível que Príncipe se torne também uma série milionária e geradora de sequências e merchandising. O que falta é um carisma semelhante ao de um Johnny Depp, mas Jake Gyllenhall até que se encontrou na pele do herói musculoso e boa-praça que domina lâminas e a arte do parkour. O enredo é inverossímil, o visual é estilizado e as interpretações são caricatas ao máximo para em momento algum duvidarmos de que aquilo jamais poderia ser verdade. E tudo acaba ao final de duas horas, sem deixar rastros ou grandes consequências. Convergência de mídias eficiente é isso aí.

PABLO MIYAZAWA