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Quincas Berro D'Água

Redação Publicado em 06/05/2010, às 11h03 - Atualizado às 11h03

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A confraria de pinguços em ação em <I>Quincas Berro D'Água</I> - DIVULGAÇÃO
A confraria de pinguços em ação em <I>Quincas Berro D'Água</I> - DIVULGAÇÃO

Sérgio Machado

Paulo José, Marieta Severo

Adaptação da obra de Jorge Amado cumpre seu papel com eficiência

Existe uma atração do cinema e da TV pelo universo de Jorge Amado, já que em grande parte da sua literatura é perceptível o tratamento desavergonhado das personagens e situações. Ao adaptar A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, o diretor Sérgio Machado teve um rico universo para explorar. As situações que a novela descreve para as mortes do antes respeitável cidadão Joaquim Soares da Cunha permitem soluções hilárias. Quincas, ao notar a mesquinheza da vida que levava, abandona a família e passa a frequentar botecos e prostíbulos, liderando uma trempa de bebuns. Ao morrer, é identificado pela antiga família e tem o seu cadáver sequestrado pelos amigos de copo. O que se vê é um hilário passeio noturno do cadáver pelos lugares onde frequentava. A destacar a atuação de Paulo José como o morto, Marieta Severo como a cantora espanhola de araque e o amigo Pastinha, engraçadamente interpretado por Flávio Bauraqui. A sequência da segunda morte, com os amigos dentro de uma jangada num “alto-mar” revolto, é o ponto alto do filme pelo efeito de realidade que a cena transmite.

POR ANTÔNIO DO AMARAL ROCHA