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Tatuagem

Hilton Lacerda

Hamilton Rosa Junior Publicado em 13/11/2013, às 12h56 - Atualizado às 12h58

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Tatuagem: provocação - Divulgação
Tatuagem: provocação - Divulgação

Filme pernambucano mostra trupe gay em tempos de ditadura

Hilton Lacerda, roteirista dos incisivos Baixio das Bestas e Febre do Rato, estreia na direção com um filme contundente. Acompanha uma trupe de cabaré-revista formada por gays e drags que divertem o povo na Pernambuco dos anos 70, debaixo das barbas dos milicos e da ditadura. Jesuíta Barbosa faz o soldado que visita o show do amigo de infância sem imaginar que ele é a estrela drag do espetáculo. Um admirável mundo novo se descortina para o soldado com uma carga de libertinagem artística, e ele acaba se apaixonando pelo idealista diretor do cabaré (Irandhir Santos) que milita pela liberdade, pela transformação social e pela quebra de tabus. Como se manter no Exército depois disso? O filme escracha com a tradição, e os artistas com seus números de canto e dança não veem limites entre imitar as divas de Hollywood ou cair na gandaia do Carnaval vestidos de índio. Antropofágicos, literalmente comem tudo que veem pela frente, são pessoas do passado, mas que Lacerda projeta no presente como que propondo uma urgente revigorada.

Elenco: Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa