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Alan Wake

Redação Publicado em 10/06/2010, às 10h10 - Atualizado às 10h18

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Divulgação
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Remedy / Microsoft Game Studios

Xbox 360

A Hora do Pesadelo

Game combina referências pop óbvias e excelência técnica para criar uma experiência virtual sobrenatural

AlanWake é um thriller psicológico que se distancia um pouco do que se conhece dos jogos desse gênero. Primeiro, porque o tal Wake é um escritor, um cara normal, sem qualidades de super-herói. Logo, não espere por movimentos acrobáticos – no máximo uma corridinha breve, porque ele se cansa facilmente. O sujeito tem problemas no casamento e passa por um momento de bloqueio criativo. Seu próximo livro, que deveria estar nos finalmentes, sequer foi iniciado. Para aliviar o estresse, ele viaja a uma cidade interiorana acompanhado da mulher. As férias, entretanto, se transformam numa história sinistra: um script supostamente escrito por Wake (que não se recorda do fato) se torna realidade. Ficção e realidade se fundem e, de repente, já não é mais possível distinguir uma da outra. No meio disso, a esposa desaparece. Enquanto procura por ela, Wake tenta entender se perdeu o juízo ou tudo a seu redor realmente está de pernas para o ar. O clima de paranoia é constante, explicitamente inspirado em Stephen King e David Lynch (cuja série Twin Peaks se revela nas esquisitices de Bright Falls, a cidade onde se passa o jogo). Como diferencial, está o uso da luz como principal arma. Os “poltergeists”, que têm o poder de possuir tanto pessoas quanto objetos, surgem de todos os lados e só podem ser derrotados com um jato luminoso. O treco é realmente tenso. O roteiro é daqueles que te pegam pela jugular e não soltam enquanto o “The End” não surge na tela.

Nelson Alves Jr.