Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Final Fantasy XIII

Redação Publicado em 07/04/2010, às 08h07 - Atualizado às 14h33

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Divulgação
Divulgação

Square-Enix

Xbox 360 / PlayStation 3 / PC

A Fantasia que Nunca Termina

Em seu mais novo capítulo, a tradicional série de role playing game se esforça para quebrar alguns velhos paradigmas

Tornou-se algo comum o fato de jogos de diversos estilos adotarem elementos dos RPGs. É curioso, portanto, que Final Fantasy XIII, a mais nova versão da série que é justamente uma grife do gênero, abandone alguns dos mais tradicionais paradigmas desse tipo de game. No novo jogo, não se ganha pontos de experiência, não há cidades (pelo menos não no sentido tradicional), nem minigames para distraí-lo entre uma luta e outra. Nem mesmo é necessário ficar repetindo batalhas para melhorar os níveis dos personagens, já que o game estabelece limites de aprimoramento baseados na progressão. Mas esse desapego pelas convenções, em vez de representar uma desfiguração, revela-se um sopro de vida sobre os conceitos enferrujados da série – um sopro que é abafado pelo furacão desastroso da narrativa opressiva e do ritmo que subestima o jogador. Em seu arroubo incontido de contar uma história, Final Fantasy XIII nos conduz por sequências de cenas não interativas e cenários que marcham invariavelmente para a frente. As camadas de complexidade do sistema de batalha são burocratizadas, e, quando o jogador enfim ganha liberdade para se desviar da ordenação dos eventos, até se esquece das dezenas de horas em que precisou se curvar ao controle autoral. Por fim, é de se lamentar que jogabilidade e o enredo sejam cérebro e coração tão dissociados ao longo da experiência.

Fabio Santana