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Guitar Hero: Van Halen

Redação Publicado em 04/02/2010, às 10h01 - Atualizado às 10h01

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Guitar Hero: Van Halen - DIVULGAÇÃO
Guitar Hero: Van Halen - DIVULGAÇÃO

Activision

Xbox 360 / PlayStation 3 / Wii

O Rock Errou

Game-tributo peca na homenagem e presta desserviço ao fã

Os puristas podem afirmar que o único Van Halen digno de lembranças é a formação clássica liderada por David Lee Roth. Se a discussão é de difícil resolução entre os fanáticos, ela é decidida rapidamente por Guitar Hero: Van Halen. O produto que se propõe a eternizar a carreira da banda para as novas gerações simplesmente ignora os quatro álbuns da era Sammy Hagar e qualquer outro material produzido em seguida. E nem dá para alegarem falta de espaço no game: são apenas 45 músicas, das quais pouco mais da metade é do Van Halen de 1978 a 1984. O restante do repertório é dedicado a grupos que pouco ou nada têm a ver com os homenageados, como Weezer, Lenny Kravitz, Blink-182 e Judas Priest.

O esquema de GH: Van Halen é aquele que você conhece: com joysticks em forma de instrumentos, o jogador “toca” as músicas pressionando botões coloridos de acordo com as informações da tela. As faixas mais elaboradas do Van Halen dão trabalho até aos mais experientes, mas, no geral, são divertidas de tocar (o tapping em “Eruption”, especialmente, vale a brincadeira). Porém, há licenças poéticas que devem causar estranhamento. O jogador começa a jornada na pele do Van Halen atual (com Wolfgang, filho adolescente de Eddie Van Halen, no baixo), mas não há enredo a ser seguido ou qualquer tipo de critério histórico para a composição do set list. Ao final do game, é possível habilitar a formação clássica da banda nos anos 70, com direito a penteados cafonas, roupas coladinhas e a presença surreal de Wolfgang na formação (que só viria a nascer em 1991. Vai entender). Sem contar que os avatares dos roqueiros parecem velhos, cansados e desestimulados, como se não fizessem questão de figurar em tal homenagem. Por parte da fabricante, também não parece ter havido esforço para fazer o game valer a pena ao consumidor – tanto que, lá fora, ele foi distribuído de graça a quem adquiriu Guitar Hero 5. Após algumas jogadas, sobra apenas a sensação amarga de que a fonte dos games musicais estaria se esgotando mais rápido do que o previsto. Mas já?

Pablo Miyazawa