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Spec Ops: The Line

Gus Lanzetta Publicado em 10/08/2012, às 15h27 - Atualizado às 15h30

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<b>O HORROR</b> Em Spec Ops, a violência leva à reflexão - divulgação
<b>O HORROR</b> Em Spec Ops, a violência leva à reflexão - divulgação

Um game de tiro cujo principal atributo é a autocrítica

O grande trunfo de Spec Ops: The Line pode ser também sua fraqueza: usar todos os motes dos games de guerra atuais para subvertê-los e questionar seus conteúdos. Isso porque para entender do que Spec Ops é capaz (e digerir o que ele tem a dizer sobre controlar soldados virtuais em matanças sequenciais), é preciso acompanhar a jornada completa do Capitão Walker e seus companheiros de esquadrão. Nas cenas iniciais, sua incursão a uma Dubai devastada por tempestades de areia parece fútil e um tanto clichê: a missão é localizar e resgatar o Coronel John Konrad e seu 33º batalhão, que desobedeceram a ordens do governo norte-americano e seguiram para a cidade para evacuar a população. A inspiração de Spec Ops: The Line é bem explícita: Coração das Trevas, obra de Joseph Conrad na qual o filme Apocalypse Now é baseado. Mas é exatamente quando utiliza essa trama como base e faz críticas à violência que estamos acostumados a infligir em mundos virtuais que Spec Ops se mostra acima de outros jogos do gênero. Não é por ser uma crítica aos games de tiro e seus exércitos de um homem só que Spec Ops pode ser considerado “comedido” – pelo contrário. The Line coloca o jogador no centro de inúmeros tiroteios e oferece dúzias de armas para causar a violência que se espera de um Call of Duty da vida. E é exatamente sendo um shooter competente que o game obriga o jogador a questionar seus próprios atos durante a experiência. Apenas por estimular essa reflexão, já vale a pena ser conferido.

Fonte: 2K Games

Plataforma: Xbox 360 / PlayStation 3 / PC