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Bastardos Inglórios

Redação Publicado em 05/11/2009, às 15h07 - Atualizado às 15h08

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Bastardos Inglórios, escrito por Quentin Tarantino - Divulgação
Bastardos Inglórios, escrito por Quentin Tarantino - Divulgação

Quentin Tarantino

Amarilys

Roteiro original do filme com Brad Pitt traz cenas inéditas

Quentin Tarantino é capaz de vários milagres. Em tempos de DVDs piratas e filmes baixados pela internet, o autor de Pulp Fiction consegue nos tirar de casa e resgatar o prazer que um dia sentimos numa sala escura. E injeta adrenalina nesta publicação que contém as cenas e os diálogos de Bastardos Inglórios, fazendo sua história sobre vingança e nazistas fluir também entre aqueles que preferem letras às imagens – ou jamais pensaram em ler um roteiro. O negócio aqui é curtir o ritmo e as referências ainda no papel, prestes a nascer na tela, como se fizéssemos um ultrassom nas ideias do diretor norte-americano. O roteiro original escrito por Tarantino aprofunda diálogos e citações, se tornando uma “versão estendida do filme”, com vários minutos e sequências a mais (você sabe onde o Judeu Urso comprou aquele bastão?). Notas de rodapé ajudam a compreender as menções sobre Pabst, Winnetou e os The Katzenjammer Kids. E suas indicações para os atores (“Goebbels faz uma expressão bastante simpática – ao menos, simpática para Goebbels”) e direções de câmera (“vemos todas as três armas apontadas para os respectivos sacos”) revelam o processo criativo desse filme que provavelmente é sua obra-prima. Ah, outro milagre de Tarantino. Ele faz até slogan de publicitário soar verdadeiro. Quando encontrar por aí um “veja o filme, leia o livro e ouça o CD” se referindo a Bastardos Inglórios, pode acreditar que vale a pena.

POR ANDRÉ RODRIGUES