Redação Publicado em 07/01/2011, às 14h56 - Atualizado às 14h57
Neal Preston
Madras
Livro resgata imagens clássicas do tempos áureos da banda inglesa nos anos 70
Logo que começou a fazer sucesso, o led Zeppelin buscou o máximo de independência. Nada de gravadora pegando no pé ou compromissos com a imprensa. Peter Grant, o temido empresário do Led, sabia que a imagem era primordial e contratou o fotógrafo Neal Preston para ficar na sombra do quarteto, clicando os músicos em cima do palco e nos bastidores. Todas as fotografias do Led Zeppelin que correm o mundo são de autoria de Preston. Ele mais tarde trabalharia com outros megastars como Madonna, Bruce Springsteen, The Eagles e U2, mas foi com o grupo inglês que ele deixou sua marca. As imagens de Preston capturam toda a glória, fúria e arrogância de Robert Plant, Jimmy Page, John Bonham e John Paul Jones em seus tempos aúreos em shows épicos em locais como o Madison Square Garden, Nova York, ou no festival de Knebworth, na Inglaterra. O livro não é apenas um delírio para os olhos. O texto flui com facilidade, já que se trata de um bate-bola entre a jornalista Cynthia Fox e Preston. Ele contextualiza as fotos e explica o que aconteceu exatamente nos momentos em que elas eram foram tiradas. O fotógrafo também recorda como foi viajar no jato particular da banda pelos quatro cantos do mundo, em uma época em que os rockstars eram tratados como deuses reencarnados na terra. Mas Preston sabia qual era o seu território e tinha que manter as fotos no limite do respeitável. Nada de registrar situações comprometedoras mostrando consumo de álcool, drogas ou promiscuidade. Tudo isso era, compreensivelmente, proibido pelo empresário Grant.
PAULO CAVALCANTI
