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Collor

Redação Publicado em 11/10/2007, às 17h58 - Atualizado em 12/10/2007, às 15h43

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Collor - Carlos Melo
Collor - Carlos Melo

Faz pouco tempo que vimos na mídia uma cena que os olhos registram, o coração sente, mas o cérebro não quer assimilar. Lula, nosso presidente, todo sorridente, lado a lado do ex-presidente, também sorridente, Fernando Collor de Mello. Do lado mesmo não, pois entre eles se interpunha um constrangido vice José Alencar. Pois isso é a política. Arquiinimigos de ontem viram aliados hoje e o nosso presidente foi dos primeiros a dizer que Collor já pagou por seus pecados. Se de fato pagou por eles, isso é muito discutível, mas que seu triste reinado ainda foi pouco radiografado isso é verdade. Fernando Collor de Mello ganhou as eleições de 1989, a primeira direta presidencial desde o fim da ditadura, e não terminou seu mandato, atolado numa avalanche de escândalos, denúncias, personalismos, arrogância e empáfia. Nas ruas e no sentimento inclusive de seus eleitores não deixou a menor saudade. Fiz aqui meu julgamento conciso, que é justamente o que não faz o livro Collor: O Ator e Suas Circunstâncias, publicado pela editora Novo Conceito e assinado por Carlos Alberto Furtado de Melo. Um Melo que fala do nosso Mello mais tristemente célebre com propriedade e talento, embora a linguagem empregada no livro pudesse ser menos rebuscada. Talvez isso seja resultado de o livro ter sido uma tese de doutoramento em Ciências Sociais, da PUC-SP, escrita em 2003. Se não é a obra definitiva sobre o assunto, é a mais abrangente sobre esse recente período de nossa história.

Por Ricardo Soares

Ciências Humanas e Sociais

Carlos Melo

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