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A Geração Superficial

Nicholas Carr

André Rodrigues Publicado em 14/05/2012, às 14h39 - Atualizado às 14h42

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Autor afi rma que nossos cérebros estão mudando com a internet

Se você está lendo esta resenha no papel, existe uma real possibilidade de seu cérebro captar com mais profundidade a mensagem – ou pelo menos de forma menos distraída, já que aqui não dá para clicar em qualquer uma destas palavras. Usando pesquisas da neurociência, citações de filósofos e uma boa formulação de tese, o escritor Nicholas Carr busca explicar por que estamos vivendo num ambiente que “promove a leitura descuidada, o pensamento apressado e o aprendizado superficial”. Seus argumentos causam polêmica e atacam com contundência o mundo virtual. Para ele, as vias de nosso cérebro estão sendo retraçadas graças às inúmeras possibilidades de distração do uso do computador. Não significa que estamos nos tornando mais burros. Mas talvez adquirindo uma inteligência bem diferente daquela dos nossos antepassados – e isto não parece ser uma vantagem. Para afirmar a teoria, ele conta a história dos avanços da neurociência, das tecnologias intelectuais (computador, livro, jornal etc.) e até mesmo elege um grande demônio do nosso tempo: o Google. Sem apelar para o ludismo e procurando ouvir o “outro lado” (aqueles que acreditam que hoje vivemos uma época de ouro para o pensamento), Carr formula três perguntas complexas que norteiam todo o livro: “Como o modo como lemos está mudando? Como o modo como escrevemos está mudando? Como o modo como pensamos está mudando?” Para ele, as respostas nos mostram um futuro sombrio planejado por engenheiros da computação e programadores de software.

Fonte: Agir