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Morte Súbita

J.K. Rowling

Stella Rodrigues Publicado em 11/01/2013, às 16h59 - Atualizado às 17h05

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Autora da saga Harry Potter envereda pelo universo da literatura adulta

É injusto, mas inevitável, comparar a primeira obra adulta de Rowling com Harry Potter. O que há de fantasia na série de livros infantis para mostrar a mesquinharia e a intolerância das pessoas há de crueza para expor essas características em Morte Súbita. A cidade de Pagford, onde se passa a trama, é toda habitada por versões dos Dursleys, a detestável família de “trouxas” surgida nas páginas de Harry Potter. O desafio é memorizar quem é cada um dos muitos personagens, nenhum deles um vilão ou um herói – demasiadamente humanos, embora pequem sendo retos demais, às vezes. Os moradores da cidadezinha são confrontados repentinamente com a morte de Barry Fairbrother, titular de uma cadeira de conselheiro na paróquia, e começa uma corrida pela vaga. Com temas como assistencialismo, política higienista e estado de bem-estar social, é um retrato da Europa em crise e do conservadorismo que a autora criticava veladamente em Harry Potter. Bem amarrada, a história mostra que o estilo de Rowling constrói uma trama envolvente também para adultos.