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O Mestre e Margarida

Redação Publicado em 11/03/2010, às 07h45 - Atualizado às 11h24

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Imagem O Mestre e Margarida

Mikhail Bulgákov

Alfaguara

Clássico que redefiniu a literatura russa ganha versão em português

O escritor russo Mikhail Bulgákov tinha intimidade com o diabo, tanto que comeu o pão que o próprio amassou durante os anos que vieram depois da revolução russa, quando Stalin (para muitos o próprio demo) assumiu o poder do governo soviético. O escritor morreu em 1940, no ostracismo e impedido de tentar viver do que mais gostava, escrever. Mas deixou, além de novelas, contos e peças de teatro, uma das grandes obras-primas literárias do século 20, o romance O Mestre e Margarida. O livro só foi conhecido na íntegra em seu país de origem com o colapso da URSS, apesar de ter sido escrito na década de 1930. A obra conta a visita do diabo a Moscou. Com uma comitiva que envolve, entre outros, uma linda mulher nua de cabelos vermelhos e um enorme gato preto que fuma charuto e maneja pistolas, o coisa ruim em pessoa chega à cidade para virar tudo de cabeça pra baixo. Ao despertar os piores sentimentos nas pessoas da cidade, o diabo acaba precisando lidar com a resistência de duas pessoas: o Mestre, um escritor que busca a verdade, e Margarida, que faz de tudo para manter a sanidade do Mestre. Com humor negro e enorme verve satírica, Bulgákov revela um cenário perturbador da Rússia de sua época e cutuca os valores humanos de qualquer tempo e lugar. O livro também entrou para a história da música pop ao inspirar uma das mais icônicas canções do rock em todos os tempos: “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones.

Alexanre Duarte