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Vocação para o Mal

Robert Galbraith

Stella Rodrigues Publicado em 17/06/2016, às 00h24 - Atualizado às 16h16

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Vocação para o Mal
Vocação para o Mal

As obras detetivescas de J.K. Rowling, que ela assina como Robert Galbraith, têm todos os elementos da cartilha do gênero. Nesta terceira aventura do investigador Cormoran Strike, o caso não é diferente. Mas a narrativa, a crítica inerente que pontua as falas do protagonista e os temas fortes que distinguem a série de títulos genéricos de história de detetive são ainda mais palpáveis desta vez. Em Vocação para o Mal, Strike tem suas aventuras apimentadas pelos temas da banda de hard rock Blue Öyster Cult. Ele e a assistente, Robin, investigam um criminoso que envia a eles partes de corpos de mulheres acompanhadas de letras da banda. Não é uma trama nova, mas ganha brilho no uso que a autora faz da linguagem e na sacada de incluir as letras do BÖC no mix para abordar assuntos cada vez mais pesados. No novo livro, conhecemos melhor a vida de Strike e Robin e, depois de O Chamado do Cuco e O Bicho-da-Seda, o desenvolvimento da relação entre os dois heróis ganha novas camadas. Já os capítulos com momentos de introspecção do assassino mostram que seus pensamentos, se não fossem macabros e agressivos, seriam de um vilão da Disney, de tão caricatos. Embora o novo malfeitor seja menos interessante do que os anteriores, Vocação para o Mal veio para fazer o leitor se apegar de vez ao taciturno mas adorável Cormoran Strike.

Fonte: Rocco