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Bob Dylan: Caso de abuso sexual 'não é possível,' diz biógrafo

Bob Dylan está sendo processado por supostamente abusar sexualmente de uma menina de 12 anos em 1965

Redação Publicado em 19/08/2021, às 08h49

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Bob Dylan (Foto: Reprodução/Youtube)
Bob Dylan (Foto: Reprodução/Youtube)

Clinton Heylin, escritor britânico quem escreveu extensivamente sobre a vida pessoal e artística de Bob Dylan, falou sobre o caso de abuso sexual envolvendo o músico. Segundo o biógrafo, as recentes alegações contra o artista "não são possíveis" devido ao cronograma de eventos da época, via NME.

Na última semana, Dylan foi acusado e processado por abuso sexual contra uma garota de 12 anos em 1965. O processo alega que o cantor "fez amizade e estabeleceu uma conexão emocional com a querelante," referida como "J.C." nos autos do tribunal, ao longo de um "período de seis semanas entre abril e maio" daquele ano.

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Uma ação movida em 13 de agosto na Suprema Corte de Manhattan alega que Dylan — na época com cerca de 25 anos — forneceu drogas e álcool à acusadora, antes de abusar sexualmente dela no Chelsea Hotel em Nova York.

O músico é acusado de agressão, cárcere privado e imposição de sofrimento emocional. Identificada apenas como JC, a suposta vítima de 68 anos pleiteia uma indenização por perdas e danos, com a ação alegando que ela é "emocionalmente marcada e psicologicamente danificada até hoje."

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Todas as acusações foram veementemente negadas por um representante de Bob Dylan, garantindo que serão "vigorosamente defendidas". Agora, em entrevista ao Huffing Post, Clinton Helylin, autor de The Double Life of Bob Dylan: A Restless, Hungry Feeling,1941 – 1966, que traz os primeiros anos do artista — incluindo o período em que o abuso teria acontecido —, falou sobre a situação.

"Não é possível. Dylan estava em turnê pela Inglaterra naquela época, e esteve em Los Angeles por duas dessas semanas, mais um ou dois dias em Woodstock. A viagem durou 10 dias, mas Bob voou para Londres no dia 26 de abril e voltou para Nova York no dia 3 de junho. Se Dylan estava em Nova York em meados de abril, não durou mais do que um ou dois dias. Woodstock era onde ele passava a maior parte do tempo quando não estava em turnê," explicou. 

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Heylin acrescenta que se Dylan estava em Nova York, o cantor "invariavelmente ficava no apartamento de seu empresário em Gramercy, não no Chelsea." Ainda, o biógrafo observa que na época em questão, um documentário sobre o músico estava sendo filmado: Don't Look Back.

Desse modo, o escritor argumenta que Dylan estava sendo seguido por uma equipe de filmagem, e ele não acredita que o artista pôde cometer os supostos crimes durante aquele período devido aos eventos correntes na vida do músico na época, via NME

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