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Milton Nascimento anuncia despedida dos palcos: 'Da música jamais'

Na turnê Última Sessão de Música, Milton Nascimento celebra os mais de 60 anos de carreira musical e 42 discos lançados

Redação Publicado em 15/05/2022, às 11h23 - Atualizado em 22/05/2022, às 17h30

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Milton Nascimento (Foto: Divulgação)
Milton Nascimento (Foto: Divulgação)

"Meu nome é Milton Nascimento, mas gosto mesmo é que me chamem 'Bituca.' Solto a voz na estrada desde meus 13 anos e me considero o mais mineiro de todos os cariocas," foi assim que o lendário cantor Milton Nascimento anunciou a despedida dos palcos no Altas Horas, da TV Globo, no último sábado, 14.

A despedida do dono de sucessos como "Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor" e "Mais Bonito Não Há" se dará na turnê Última Sessão de Música, que passará pelo Brasil inteiro até o final de 2022. Neste ano, Nascimento completa 80 anos no dia 26 de outubro. Além disso, o cantor relembrou momentos marcantes da carreira no programa.

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"Em Minas [Gerais] tive o maior encontro em minha vida: com a música. Diante das montanhas de lá, compus minhas primeiras canções, muitas delas feitas em parcerias com grandes amigos - e nunca mais parei. Minha música ampliou meus horizontes. Em seis décadas, me levou aos quatro cantos do mundo," afirmou.

Milton Nascimento relembrou ajudas de artistas renomados e de peso, responsáveis por ajudá-lo a crescer artisticamente: Tom Jobim, Elis Regina, Agostinho dos Santos, Quincy Jones e Eumir Deodato. "Costumo dizer que sem as amizades, a minha vida jamais teria sido o que é, e nem minha carreira.

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"Ao longo desses 42 discos lançados, fui indicado 9 vezes ao Grammy, premiado 5 vezes. Tornei-me cidadão do mundo sem deixar de ser brasileiro. Nos Estados Unidos, gravei meu primeiro disco internacional, firmei parcerias eternas com Herbie Hancock e Wayne Shorter," continuou Nascimento. "Com Wayne, lancei Native Dancer (1975), disco que foi um marco na "World Music," e muitas outras parcerias viriam ao redor do mundo.

O cantor também relembrou a parceria com Lô Borges e outros amigos mineiros no Clube da Esquina (1972): "Depois disso, nada foi como antes. Esse caminho rende frutos até hoje, rodamos o Brasil e o mundo com a turnê [do disco]."

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"Completo 80 anos neste ano, e aos amigos e fãs dedico esta turnê, que marcará a minha despedida dos palcos. Só dos palcos mesmo, da música jamais. E como os sonhos não envelhecem, espero vocês para cantarmos juntos meus grandes sucessos. A última sessão de música está indo para os bailes da vida. Eu, como artista, aonde o povo está," finalizou Milton Nascimento.