Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Por que o Daft Punk se separou? Thomas Bangalter responde

Entenda como o avanço da inteligência artificial atrapalhou o Daft Punk

Daft Punk (Foto: Getty Images)
Daft Punk (Foto: Getty Images)

Daft Punk surpreendeu o mundo combinando sua música eletrônica pop com o enredo conceitual por trás dos capacetes utilizados pela dupla. Apesar da inovação no gênero e hits como "Around the World," Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter anunciaram o fim do projeto em 2021.

A escolha veio por conta do crescente avanço da tecnologia, como a inteligência artificial. Duo queria se distanciar das sonoridades produzidas por robôs - cenário possível atualmente, mas não quando o Daft Punk iniciou suas atividades.

+++ LEIA MAIS: Jenna Ortega revela artistas e discos favoritos: 'Fase Daft Punk'

"Daft Punk era um projeto que borrava a linha entre realidade e ficção com os personagens robôs. Não entregar toda a narrativa enquanto estava acontecendo era um ponto muito importante para mim e Guy-Manuel," Bangalter explicou à BBC (via NME).

O músico ainda destacou que, após o fim do duo, é mais fácil mostrar às pessoas o quão humano era o processo por trás das faixas: "Eu amo a tecnologia como uma ferramenta, mas tenho medo da natureza do relacionamento entre as máquinas e nós mesmos. Agora que a história acabou, é interessante revelar parte do processo criativo, que era feito por humanos, sem qualquer tipo de algorítimo."

+++ LEIA MAIS: Daft Punk publica vídeo raro em que duo aparece sem os capacetes

"Minhas preocupações sobre a ascensão da inteligência artificial vão além da criação de música," continuou ao ressaltar que não queria que o público confundisse as intenções do projeto. "Nós tentávamos usar essas máquinas para expressar coisas que uma máquina não consegue sentir, mas um humano sim. Estivemos sempre do lado da humanidade, e não da tecnologia... Por mais que eu ame este personagem, a última coisa que eu quero ser, no mundo em que vivemos em 2023, é um robô."