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10 HQs indispensáveis da carreira de Stan Lee

Da criação do Homem-Aranha ao nascimento do Demolidor, saiba quais foram os quadrinhos mais inovadores e marcantes da carreira do escritor

Rolling Stone EUA Publicado em 13/11/2018, às 08h07

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Stan Lee (Foto: AP)
Stan Lee (Foto: AP)

Não é exagero afirmar que Stan Lee foi o responsável por definir aquilo que conhecemos como um super-herói moderno – e, por consequência, grande parte do que consideramos cultura pop. Nõ foi ele quem criou o conceito de homens em capas (os heróis da DC já existiam há algumas décadas), mas foi Lee que teve a ideia revolucionária de torná-los mais humanos, fazendo com que o leitor facilmente se identificasse com cada um dos personagens e seus problemas reais.

Leia abaixo nossa lista dos 15 quadrinhos que contribuíram para que Stan Lee se tornasse o escritor, editor e publicador lendário como hoje o conhecemos.

QUARTETO FANTÁSTICO #1 (Novembro de 1961)
Reza a lenda que, após uma partida de golf, Martin Goodman (criador da empresa que viria a se tornar a Marvel) abordou Lee com o pedido de que ele criasse uma história envolvendo um time de super-heróis. Depois de alguns dias, o escritor apareceu com a ideia desses quatro ex-astronautas que ganharam poderes após serem expostos a raios cósmicos. E foi assim, com uma história mais humana do que se imaginava possível, que a forma como as pessoas escrevem sobre super-heróis mudou. 

O INCRÍVEL HULK #1 (Maio de 1962)
“Sempre gostei muito do monstro de Frankenstein”, contou Lee quando questionado sobre as inspirações por trás do seu gigante verde, mencionando também os personagens Dr. Jekyll e Mr. Hyde (da obra O Médico e o Monstro). Mas nenhuma dessas criaturas dos clássicos literários realmente se comparam ao alter-ego de Bruce Banner. De um mero cientista a uma aberração raivosa, Lee relembra que, ao criar o personagem, pediu para que o icônico artista Jack Kirby desenhasse “um monstro que tenha uma aparência simpática, para que os leitores possam gostar dele”. O resultado foi a impersonificação da raiva mais empática e compreensível já criada.

QUARTETO FANTÁSTICO #5 (julho de 1962)
Foi nessa edição que a dupla Lee e Kirby apresentaram um dos vilões mais conhecidos do mundo dos quadrinhos: Viktor Von Doom, personagem que, segundo uma declaração do próprio Lee em 2016: “Nunca o vi realmente como um vilão. Não é um crime querer dominar o mundo. Talvez ele até fizesse um trabalho melhor”.

AMAZING FANTASY #15 (agosto de 1962)
Foi ao lado do artista Steve Ditko que Lee criou e apresentou ao mundo o Homem-Aranha. Antes do nascimento do personagem, o escritor vinha pensando na necessidade da existência de um super-herói adolescente, já que é essa a faixa etária de tantos (mas não todos) leitores de HQs. Esses jovens precisavam de alguém para se identificar, e foi assim que Peter Parker surgiu, descrito por Lee como uma garoto “da vida real, confuso, inseguro, desajeitado e que não se encaixasse com as pessoas ao seu redor”. Introduzido como personagem secundário, o Homem-Aranha logo ganhou sua própria revista e, rapidamente, o status de ícone da cultura pop.

JOURNEY INTO MISTERY #83 (agosto de 1962)
O surgimento de Thor no universo da Marvel se deu após Lee perceber que não era preciso se limitar aos humanos para criar super-heróis. Assim, foi buscar na mitologia nórdica inspiração para sua nova criação. O ponto de partida foi a pergunta: “Como é possível fazer alguém mais forte do que a pessoa mais forte?” e, consequentemente, a resposta: “Não o faça humano. Faça um deus.”

TALES OF SUSPENSE #39 (março de 1963)
Foi aqui que o tão amado (e também odiado) Homem de Ferro nasceu. “Foi um desafio”, conta Lee. “Os leitores não gostavam de guerras e nem de grandes negócios” – basicamente tudo que compõe o universo de Tony Stark. Mas mesmo assim, o autor conseguiu fazer um personagem amável que, assim como o Homem-Aranha, ficou extremamente popular em pouquíssimo tempo, também ganhando sua própria resvista pouco depois da estreia. Apesar de ter admitir que nunca ficou satisfeito com a armadura do bilionário, Lee também revelou que essa foi uma de suas criações favoritas. 

STRANGE TALES #110 (julho de 1963)
A ideia do Dr. Estranho veio do artista Steve Ditko: um cirugião que viaja para o extremo Leste e acaba se tornando o Mestre das Artes Místicas. Foi com esse personagem que o universo Marvel ganhou um toque mais psicodélico, graças às histórias inter-dimensionais que Lee escreveu e à arte transcedental de Ditko.

OS VINGADORES #1 (setembro de 1963)
Hulk, Thor, Home de Ferro, Homem-Formiga e a Vespa foram os primeiros a serem unidos sob o nome de Vingadores. Outro heróis eventualmente se juntariam ao grupo, para lutar contra hordas inimagináveis de vilões com o objetivo de destruir a Terra. Anos depois, com uma nova impressão da revista, Lee viria a dizer que esta edição “é a primeira de uma série super épica a reunir os maiores super-heróis do planeta, com conteúdo tão extenso como o de um livro”.

X-MEN #1 (setembro de 1963)
O surgimento do grupo de mutantes mais famosos dos quadrinho se deu devido à exaustão que Lee enfrentou em criar pessoas normais que viravam super-heróis. Com isso, veio o questionamento: “Por que simplesmente não fazer mutantes?”. Enfatizando no roteiro a ideia de que o mesmo fator que dava a eles super poderes, fazia com que não fossem aceitos pela sociedade (criando assim uma metáfora para todos os grupos assolados por preconceito), fez dos X-Men a HQ mais comentada da época e um dos títulos mais lidos do gênero.

DEMOLIDOR #1 (abril de 1964)
Lee pediu, com certa urgência, para que o cartunista Bill Everett criasse um personagem chamado Daredevil (traduzido como Demolidor), nome que uma outra empresa de quadrinhos havia perdido a patente. Assim surgiu aquele que seria um dos super-heróis com mais conflitos morais da históris do Universo Marvel. O advogado cego Matt Murdock e seu alter-ego chifrudo instantaneamente chamaram a atenção dos leitores também pelos temas abordados, que se mostram atuais até os dias de hoje.