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10 melhores discos de grunge de todos os tempos, segundo a Rolling Stone EUA

Nirvana, Pearl Jam ou Soundgarden: quem vence na disputa entre como o grande álbum de grunge?

Rolling Stone EUA Publicado em 03/04/2019, às 16h00

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Capas dos discos (Foto: Divulgação)
Capas dos discos (Foto: Divulgação)

Conhecida por publicar uma seleção de melhores artistas, discos e músicas da história, a Rolling Stone EUA, dessa vez, decidiu celebrar os 25 anos do gênero que dominou o mainstream nos anos 90: o grunge. 

Nesta lista, você encontra os 10 Melhores Discos de Grunge de todos os tempos, segundo a revista americana. Vem conferir quais são: 

10. Pearl Jam, "Vs." (1993)

Originalmente, Pearl Jam nomeou o segundo disco de Five Against One, uma referência a música "Animal". Na época, Eddie Vedder queria que a banda diminuísse drasticamente suas ambições para evitar a superexposição e voltar para suas raízes, enquanto os outros integrantes estavam felizes em continuar fazendo vídeos e lançando hits na rádio. "No primeiro disco, estávamos morando em um porão", disse Eddie Vedder. “No segundo disco, me senti muito longe do porão. Foi um lugar difícil para mim naquele momento escrever um disco."

De alguma forma, eles conseguiram superar suas diferenças e trabalhar juntos, produzindo clássicos como “Go”, “Daughter”, “Dissident” and “Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town”,  que ajudou o álbum a vender quase um milhão de cópias em sua primeira semana, apesar de quase não terem feito entrevistas e ou lançado um clipe. 


9. Soundgarden, "Superunknown" (1994)

Em 1994, o grunge havia tomado as rádios, o mundo dos festivais e a MTV, mas onde mais o estilo musical poderia ir? O Soundgarden sabia: a banda tinha que mostrar que não era apenas a novidade do mês, mas sim, a próxima fase do rock. Como Chris Cornell disse a Rolling Stone EUA, “eu senti que nós teríamos que provar que merecíamos estar tocando em um palco internacional, estar nas TVs e ter músicas na rádio." E o mais importante, que eles não fossem considerados apenas uma "invasão britânica" ou mais um conjunto de músicas "barulhentas" em Nova York. ”

Diante dessa pressão, Cornell e seus companheiros de banda escreveram seu conjunto mais robusto de músicas, desde “Drown Me” e “Superunknown” à psicodelia de “Black Hole Sun” e “Fell on Black Days”. O resultado foi um quarto disco que revelou as novas facetas da banda e instantaneamente atingiu um dos maiores recordes do rock de todos os tempos.


8. Nirvana, "In Utero" (1993)

O último álbum de estúdio do Nirvana é um grito. Mas não é um grito elegante e estilizado como o anterior. In Utero é um sinal de dor e frustração, um desafio para uma indústria musical que, na verdade, nunca entendeu a banda. É um álbum irônico (“Serve the Servants” “Radio Friendly Unit Shifter”), com uma raiva sincera (“Scentless Apprentice”, “Milk It”) e emoções expostas (“Pennyroyal Tea", Frances Farmer Will Have Her Revenge on Seattle”).

Quando foi lançado, no outono de 1993, o imaginário do disco já tinha conquistado seu lugar. O Nirvana contratou Steve Albinipara ajudá-los a fazer um álbum "mais cru" e pouco comercial. Na época, a gravadora supostamente se recusou de lançá-lo. "Claro, eles querem outro Nevermind, mas eu prefiro morrer do que fazer isso", disse Cobain.


7. Temple of the Dog, ‘Temple of the Dog’ (1991)

A morte do Andy Wood, vocalista do Mother Love Bone, em março de 1990, deixou a comunidade de rock de Seattle devastada. O líder carismático era amigo íntimo e companheiro de quarto do Chris Cornell, que despejou toda a sua tristeza nas músicas “Say Hello 2 Heaven” e “Reach Down”. Temple Of The Dog foi uma banda grungue formada pelo Cornell, vocalista do Soundgarden em homenagem a Wood. 


6. Alice in Chains, "Dirt" (1992)

Após o sucesso de seu álbum de estréia, Facelift (1990), Alice in Chains estava pronto para apresentar sua música para um público mais amplo da MTV, já que o Nirvana havia aberto esse espaço.

Ao contrário de muitos de seus colegas, Alice in Chains buscou mais inspiração do heavy metal do que do punk, evidente na música “Man in the Box”. Dirt também sofreu uma influência a mais: a heroína. O álbum refletia o abuso de drogas de Layne Staley, como é possível perceber nas canções “Them Bones”, “Rooster” e “Junkhead”. 


5. Mudhoney, "Superfuzz Bigmuff" (1990)

A voz melancólica do vocalista Mark Arm e o solo de guitarra de Steve Turner fizeram o sucesso "Need". Com "No One Has" e "In 'n' Out of Grace" mostraram a magnitude do grupo. O álbum Superfuzz Bigmuff se tornou um dos mais vendidos da Sub Pop, gravadora independente de Seattle. "Se Superfuzz Bigmuff não estivesse nas paradas do Reino Unido há um ano e Mudhoney não tivesse sido uma grande sensação, quem sabe o que teria acontecido com o Nirvana?", disse o co-fundador da Sub Pop, Bruce Pavitt, em 1993. 


4. Hole, "Live Through This" (1994)

Live Through This é o disco em que Courtney Love se "despedaça". O segundo álbum da banda é uma montanha-russa de sensações e reflexões sobre dependência, maternidade e feminismo. Sua principal obra foi divulgada logo após um momento trágico: o suicídio de seu marido Kurt Cobain. 

O título de Live Through This pareceu um presságio quando Love foi subitamente colocada no papel de viúva. Ainda assim, mesmo antes da perda de Cobain, Love tinha algo a provar, e com este LP, ela foi além. No disco, a cantora brinca com sua imagem pública (“Plump”), aborda a depressão pós-parto (“I Think That I Would Die”) e é honesta ao falar sobre inseguranças dentro de um relacionamento (“Doll Parts”). 


3. Pearl Jam, ‘Ten’ (1991)

Eddie Vedder olhou para este álbum como um dos principais pontos da reviravolta da sua vida. "Esta foi minha primeira chance de fazer um disco real, eu estava muito concentrado", disse ele à Rolling Stone EUA em 2009.

Na época, o Pearl Jam passou a maior parte do tempo com os integrantes do Alice In Chainsse apresentando em pequenos clubes da Costa Oeste. Foi neste momento em que eles testaram as novas músicas do disco como "Black", "Even Flow", "Alive" e "Why Go", que acabaram sendo a essência de toda a obra. 


2. Soundgarden, "Badmotorfinger" (1991)

Este disco levou o Soundgarden a uma nova era junto com o avanço comercial da banda. Embora o baterista Matt Cameron tenha dito orgulhosamente à Rolling Stone EUA: “Nós não tocamos discos pop”, quando o álbum foi lançado, foi exatamente quando o rock estava passando por algumas transformações, e o grupo fez um trio de sucesso com "Outshined", "Jesus Christ Pose" (parte do sucesso veio também pela MTV ter banido o vídeo) e "Rusty Cage" . 

O Soundgarden era mais denso que o Nirvana e o Pearl Jam, mas ainda assim, escreviam músicas que garantiam a eles fácilmente se manter nessa onda de superstars do grunge. O álbum Badmotorfinger chegou a 39º posição no Top 200 álbuns da Billboard e foi certificado com platina dupla. 


1. Nirvana, "Nevermind" (1991)

Ao contrário do que estava acontecendo no cenário musical no início dos anos 90, Nirvana se dedicou a escrever quatro minutos de pura honestidade sem censura, transformando a lista do Hot 100 da Billboard.

Na década seguinte, o foco foi voltado para os riffs de guitarra e letras sinceras. Kurt Cobain cantou sobre se sentir estúpido (“Smells Like Teen Spirit”), feio (“Lithium”) e desiludido (“Something in the Way”), e desafiou as convenções do rock ao reconhecer que as mulheres eram pessoas, não objetos (“Polly ”). O álbum foi tão poderoso que, em poucos meses, desbancou Dangerous, do Michael Jackson, e se tornou o álbum mais vendido nos Estados Unidos.

Mesmo que Cobain tenha adicionado alguns vocais aqui e ali, e dobrado algumas partes de guitarra, as músicas em Nevermind ainda soam punk e ásperas. Nos arranjos pesados ​​e melódicos, há inspiração na fórmula "LOUD-quiet-LOUD" dos Pixies e do baterista Dave Grohl. 

O álbum virou a maré para uma geração de fãs de música. O Nirvana mudou a música para sempre. Como dizem em “Smells Like Teen Spirit”: "Nosso pequeno grupo sempre foi assim. E sempre será até o fim."