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13 anos de The Black Parade, do My Chemical Romance, e 13 fatos que você não sabia sobre o disco [LISTA]

E, o melhor: a banda voltou à ativa!

Redação Publicado em 01/11/2019, às 18h14

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Segredos de The Black Parade (Fotos 1 e 2: Reprodução e Foto 3: Henny Ray Abrams/AP)
Segredos de The Black Parade (Fotos 1 e 2: Reprodução e Foto 3: Henny Ray Abrams/AP)

The Black Parade, disco doMy Chemical Romance, completou 13 anos de idade na quinta, 31. O presente foi para os fãs, porém: depois de seis anos separada, e sete sem shows, a banda anunciou um evento especial no dia 20 de dezembro deste ano

A internet ficou em polvorosa. Durante as horas seguintes ao anúncio, os termos “My Chemical Romance” e Return foram os mais procurados no Google da Europa, América do Norte e América do Sul!

+++ LEIA MAIS: As 9 melhores músicas do My Chemical Romance - depois de 9 anos de espera pelo retorno da banda 

Mas, além do retorno, a quinta foi também o aniversário do disco que trouxe clássicos da banda como “Welcome to the Black Parade,” “Teenagers” e “I Don’t Love You,” além de um som inovador que misturava elementos do rock clássico à música, consagrada durante dois discos anteriores, do My Chemical Romance

Pela data, o Loudwire separou, em um vídeo, 13 fatos pouco conhecidos sobre The Black Parade. Aqui estão:

+++ LEIA MAIS: My Chemical Romance: uma discografia comentada do início ao fim

Último disco?

Durante um bom tempo, The Black Paradedeveria ser o último disco da banda (eles lançaram, depois, Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys[2010]). Gerard Way, vocalista, disse em uma entrevista ao NME em 2014 que sentia que tinha chegado ao limite de seu viés artístico.
Para o My Chemical Romance, Way sempre “planejou” os lançamentos. Os discos da banda são todos óperas rock, e o músico é conhecido por criar histórias bem complexas. Mas não foi assim com Black Parade. Eles estavam prestes a gravar, mas ainda nem tinham um nome. Way não queria continuar. “Parecia um fim natural. Ir além soava como trair um tipo de comando artístico que eu tinha dentro de mim." 


4 anos de produção


O disco foi lançado em 2006, mas começou a ser feito bem antes - em 2002, ano em que oMy Chemical Romanceestreou com I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love. Naquele ano, a banda compôs uma faixa chamada “The 5 Of Us Are Dying” (ou “Nós 5 Estamos Morrendo”). Depois, mudou o nome e virou “Welcome to the Black Parade.” Existe um demo dessa composição em Living With Ghosts, disco em comemoração dos 10 anos de The Black Parade. Ouça acima.


Queimaduras


No clipe de “Famous Last Words,” (assista acima) a banda toca em meio a um cenário pegando fogo. Foi gravado junto com o vídeo para “Welcome to the Black Parade” em uma maratona de dois dias. Mas o fogo não foi uma boa ideia: o kit do baterista Bob Bryar foi colocado perto demais das chamas, e ele acabou com uma queimadura feia na perna - a pele gangrenou depois. E Frank Iero, guitarrista, e Way se chocaram, e o vocalista acabou com ligamentos do joelho rompidos.


Personagens com nomes

The Black Paradeé uma ópera rock, ou seja, um disco que conta uma história. E as pessoas que aparecem no clipe têm nome! Da esquerda para a direita no frame: Medo, O Paciente, Arrependimento e Mãe Guerra. 

O esqueleto que marcha na capa do disco também tem um nome: Pepe.


The Black Parade, a banda

Além do nome do disco do My Chemical Romance, The Black Parade é uma banda de rock italiana. Na turnê europeia do disco, os dois grupos tocaram juntos em alguns shows, The Black Parade abrindo os eventos.


Mamães em “Mama”

Na gravação de “Mama,” embora mórbida, alguns pais dos integrantes participaram: a mãe de Frank Iero e ambos os pais de Mikey e Gerard Way. Mas não são as vozes diferentes e estranhas ao fundo: isso era Gerard interpretando diferentes personagens. 


Pica-Pau


Sabe a risada do Pica-Pau? Tanto o ritmo quanto o tom são inconfundíveis. E foi isso que Ray Toro, o guitarrista, quis copiar em “Dead!”. Ouça acima (e nunca mais "des-ouça").


Estúdio mal-assombrado. 

The Black Parade foi gravado no estúdio no Canfield-Moreno Estate, ou Mansão Paramour. Quando foi construída, em 1923, era lar de Antonio Moreno, ator. Depois, foi um internato para garotas, um convento, e um orfanato para garotas. Hoje, é, entre outras, estúdio de gravação. Mas com tantas histórias, há um tanto de boatos. 

Diversas bandas que gravaram na casa relatam atividades sobrenaturais. O My Chemical Romance relatou portas fechando sozinhas bem na cara deles, cachorros latindo para o nada e banheiras enchendo de água sem ninguém abrir a torneira (ninguém viu vazamentos), e Papa Roach ouvia passos durante a noite.


Corte de Cabelo

The Black Parade conta a história de um homem, The Patient, morrendo de câncer. Para entrar na “vibe” do disco, Gerard Way mudou o corte de cabelo. “Para mim… Queria um cabelo branco e curto, para parecer com O Paciente, imaginava que ele tinha ficado doente com a quimioterapia. Assim que fiz, eu parecia bem doente, e ajudou muito a canalizar aquele personagem.”


Figurinista sombrio

Sabe as roupas sombrias e incríveis de Edward Mãos-de-Tesoura, Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, e Big Fish, aclamados filmes de Tim Burton? Foram todas obras de Colleen Atwood. Foi ele quem o My Chemical Romance escolheu para montar o figurino dos clipes e turnê de The Black Parade - agradeça a ele pelas jaquetas icônicas.


Polêmica na Imprensa

The Daily Mail, jornal britânico bem sensacionalista, causou revolta ao afirmar que o My Chemical Romance encabeçava um “culto emo” que resultava em suicídios. Virou guerra. Enquanto o veículo esculachava a banda, o grupo usava shows para xingar a publicação.


Ódio metaleiro


Sabe por que você não pode entrar com garrafas e recipientes na maioria dos festivais? Porque existe gente revoltada que quer machucar bandas que não gostam - e atiram recipientes cheios em cima de palcos. Isso aconteceu com o My Chemical Romance. Eles tocaram no Download Festival, festival de rock, em 2007.

No dia em que subiram ao palco, o Megadeth também tocou. Mas o MCR era headliner, e não os veteranos - e isso irritou os metaleiros. Eles começaram a atirar frutas, lixo e garrafas cheias de urina no palco. A saravada durou quase três minutos ininterruptos (assista acima), mas a banda não ligou. Tocou do mesmo jeito.


Amor metaleiro

Mesmo os metaleiros odiando My Chemical Romance, a banda ama o estilo. Principalmente o guitarrista Ray Toro. E esse amor - e Ozzy Osbourne - ajudou a enfrentar o bloqueio criativo do processo de escrita do disco. 

Toro ficava sozinho no quarto, e tocava versões mais lentas e sombrias de Osbourne. Gerard ouviu e ficou de coração partido - e resolveu incorporar um pouco daquele estilo a The Black Parade.