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13 “heróis desconhecidos” do rock nacional

Redação Publicado em 13/07/2016, às 16h13 - Atualizado em 21/10/2016, às 21h43

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Galeria - 13 "heróis" desconhecidos do rock nacional - Abre
Galeria - 13 "heróis" desconhecidos do rock nacional - Abre

The Brazilian Bitles - “Vem Meu Amor” (1966)

Embora o The Brazilian Bitles tenha vivenciado relativo sucesso comercial na cena sessentista do rock de garagem carioca, o repertório do grupo ainda permanece inacessível ao grande público. Entrelaçando elementos da beatlemania à cena efervescente da Jovem Guarda, a banda deu uma nova roupagem ao hit de 1965, “(I Can’t Get No) Satisfaction”, dos Rolling Stones, com a canção “Não Tem Jeito”.


The Bubbles - “Trabalhar” (1966)

Capitaneada pelos irmãos César e Renato Ladeira (filhos da atriz Renata Fronzi e do radialista César Ladeira), o The Bubbles mudaria posteriormente de rumos e passaria a se chamar A Bolha, alcunha que deu certa notoriedade ao grupo nos anos 1970. Contudo, antes de acompanharem – a convite de Jards Macalé – a cantora baiana Gal Costa em algumas apresentações ao vivo, o grupo carioca integrou a Jovem Guarda e reinterpretou, em português, hits do Yardbirds e dos Beatles.


Suely & Os Kantikus - “Que Bacana/Esperanto” (1968)

O grupo liderado por Suely Chagas teve um passagem efêmera pela música brasileira. Com uma discografia limitada ao compacto “Que Bacana/Esperanto”, a banda paulistana caiu no esquecimento. No entanto, o obscuro trio (que também contava com a participação dos guitarristas Lanny Gordin e Rafael Vilardi) tem a sua história atrelada às origens de uma das bandas mais emblemáticas da psicodelia brasileira, Os Mutantes. A cantora Suely teria tocado, ainda nos anos 1960, com Rita Lee em diversas outras bandas, como o The Flashs, Túlio Trio, The Teenage Singers e O’Seis.


Analfabitles - “Shake” (1969)

Formada em 1965, o Analfabitles fez parte – ao lado do The Bubbles e Os Baobás – de uma leva de bandas brasileiras cujo repertório era basicamente constituído de covers em inglês. Mas, na contramão dos conterrâneos, o sexteto buscou reinterpretar composições menos óbvias de bandas norte-americanas obscuras no Brasil, como “Sunnyside Up”, do Teddy & The Pandas, e “She’s My Girl”, do Coastilners. Além destas, outras covers que configuraram no repertório da banda carioca foram “Magic Carpet Ride”, do Steppenwolf; “The Sun Keeps Shining”, do Everly Brothers; e “Shake”, do Shadows of Knight.


Som Imaginário - “Você Tem Que Saber” (1970)

Apesar de a Som Imaginário ter o nome consolidado como banda de apoio de Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, entre outros, a discografia própria do grupo ainda permanece pouco explorada. Constituída por gente do calibre de Wagner Tiso, Frederyko, Tavito, Robertinho Silva, Luis Alves, Laudir de Oliveira e Zé Rodrix, a Som Imaginário gravou três discos ao longo da carreira, além de ter acompanhado Nascimento no histórico Milagre dos Peixes Ao Vivo (1974), gravado no Teatro Municipal de São Paulo.


Umas e Outras - “No Nepal Tudo é Barato” (1970)

Estabelecida em 1970 pelas cantoras Regininha, Dorinha Tapajós e Málu Ballona (que integraram anteriormente A Turma da Pilantragem), a banda Umas e Outras lançou apenas o álbum Poucas e Boas (1970). O disco, que foi produzido por Nelson Motta, trazia canções como “Abrace Paul McCartney Por Mim” e “Please, Garçon”, ambas da cantora carioca Joyce; “Loura ou Morena”, composição de autoria de Haroldo Tapajós e Vinicius de Moraes; e “Primaverando”, de Ivan Lins em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza.


Silvinha - “Paraíba” (1971)

Dona de um alcance vocal invejável, Sylvinha Araujo – mais conhecida como Silvinha – começou cantando músicas folclóricas em um coral organizado pela mãe, em São João del Rei, Minas Gerais. Mais tarde, entre 1968 e 1971, a mineira lançaria três discos pela extinta gravadora Odeon Records, sendo o homônimo de 1971 o último trabalho dela. Longe dos palcos, a cantora foi uma das vozes mais requisitadas para a gravação de jingles, e por mais de duas décadas trabalhou em campanhas para marcas famosas. Silvinha morreu aos 57 anos, em 2008, vítima de um câncer de mama.


Módulo 1000 - “Espelho” (1972)

Um dos expoentes do rock progressivo brasileiro, o Módulo 1000 tem o nome comumente associado a listas de discos raros e altamente procurados por colecionadores de LPs. Lançado em 1972, Não Fale Com as Paredes traz guitarras densas à la Black Sabbath e longos improvisos experimentais ao estilo do Pink Floyd dos tempos de Syd Barrett. Contudo, o quarteto carioca formado por Luiz Paulo Simas (teclados), Eduardo Leal (baixo), Daniel Cardona Romani (guitarra e volcal) e Candinho (bateria) se dissolveu logo em seguida, ainda no mesmo ano. Simas e Candinho deram continuidade à carreira musical e formaram, ao lado de Lulu Santos, Lobão e Fernando Gama a banda Vímana. Além do novo grupo, o ex-tecladista da Módulo 1000 posteriormente conceberia a famosa vinheta “plim-plim”, da Rede Globo.


Karma - “Transe Uma” (1972)

Projeto mitológico de Jorge Amiden, fundador da banda O Terço, o trio Karma nasceu dos devaneios lisérgicos do guitarrista, que ficou conhecido por usar uma guitarra adaptada de três braços. Com uma sonoridade progressiva e psicodélica, o grupo lançou apenas o disco antológico homônimo, em 1972.


Ave Sangria - “Geórgia, A Carniceira” (1974)

Ao longo dos anos, o Ave Sangria saiu lentamente dos cantos da memória e adquiriu um status cult, criando uma devotada legião de fãs ao redor do país. Junto de Alceu Valença, Lula Côrtes e Lailson, o grupo foi um dos principais expoentes do movimento psicodélico pernambucano nos anos 1970. Tendo lançado apenas um disco (homônimo, de 1974), a banda foi alvo da censura da ditadura militar brasileira, e teve o álbum recolhido e boicotado das lojas.


O Peso - “Não Sei de Nada” (1974)

Um dos pioneiros do hard rock brasileiro, O Peso surgiu em 1972, no Rio de Janeiro. Liderado por Luiz Carlos Porto (vocal), a formação original do grupo incluía também com os músicos Gabriel O’Meara (guitarra), Constant Papineau (piano), Carlos Scart (baixo) e Carlos Graça (bateria).


Marco Antônio Araújo - “Panorâmicas” (1980)

Marco Antônio Araújo teve a vida abreviada prematuramente aos 37 anos, vítima de um aneurisma cerebral. Dono de uma obra musical rica, porém pouco comentada, Araújo conta com uma discografia de quatro disco lançados entre 1980 e 1985, além de uma coletânea. Embora permaneça praticamente ignorado, o compositor soube como ninguém conciliar o virtuosismo da música erudita às experimentações lisérgicas do rock progressivo setentista.


Damião Experiença - “Eu Gosto de Apanhar de Mulher” (1992)

Uma das figuras mais controversas e emblemáticas da música brasileira contemporânea, Damião Experiença (também grafado como Daminhão, Damminhão, Daimeão Experiênça, Experyença ou Experyênça) tem uma extensa discografia de mais de trinta discos. Ativo desde 1971, quando lançou de maneira independente o primeiro álbum, Planeta Lamma, Experiença é um dos precursores do movimento punk no Brasil. Desde o lançamento do último trabalho, em 1992, o músico baiano vive recluso em um apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro.