Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Com 16 anos de vida, 13 de guitarra e 9 de carreira, o prodígio Quinn Sullivan encantou Buddy Guy

O jovem músico está no Brasil para se apresentar no Samsung Blues Festival, nesta quarta-feira, 17, em São Paulo

Lucas Borges Publicado em 17/06/2015, às 16h01 - Atualizado às 17h33

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Quinn Sullivan e Buddy Guy durante show em Buffalo, em abril de 2015 - Reprodução / Instagram
Quinn Sullivan e Buddy Guy durante show em Buffalo, em abril de 2015 - Reprodução / Instagram

“Esteja pronto quando eu te ligar”. Qualquer guitarrista tremeria nas bases ao ouvir uma convocação dessas da boca do gênio do blues Buddy Guy. Quinn Sullivan recebeu o magnânimo recado com uma rapidez desproporcional, ainda aos sete anos de vida, antes de um show na pequena New Bedford, Massachusetts.

A prova de que ele não só manteve-se inabalado perante o fardo, como também o assumiu com autoridade, é a presença de Sullivan entre as atrações do Samsung Blues Festival, nesta quarta-feira, 17, em São Paulo, ao lado de mais um gênio, George Benson.

Buddy Guy exalou carisma no Best Blues de 2014.

Guy, Benson, Keith Richards, Eric Clapton, Joe Bonamassa, Los Lobos, a lista de parcerias do jovem músico dos Estados Unidos faz inveja a muitos barbados e nem mesmo o garoto parece acreditar que tocou com todos eles com apenas 16 anos nas costas.

Eric Clapton toca com os Rolling Stones em versão inédita de “Brown Sugar”; ouça.

“Algumas vezes você tem que se beliscar nos momentos em que está com essa gente. Especialmente quando está conhecendo essas pessoas, nem só tocando. Tem que absorver isso com gratidão”, ele responde em entrevista por telefone à Rolling Stone Brasil, dois dias depois de ter estreado no Brasil em exibição gratuita, no Auditório do Ibirapuera, horas depois de contar sua história a jovens da periferia paulistana na "Casa do Zezinho".

Lenda do blues B.B. King morre aos 89 anos.

Os ensinamentos de Buddy Guy, seu mentor e defensor – “vocês ainda vão ouvir muito desse menino”, ele costuma repetir em apresentações conjuntas - desde a fatídica profecia sucedida por uma Jam na cidade natal de Quinn, New Bedford, os conselhos de Sullivan pai, e a uma capacidade de se manter imune à pressão quase tão grande quanto à de dedilhar na guitarra são os segredos dessa astronômica carreira artística.

Dez grupos e artistas que não existiriam sem B.B. King.

“[Buddy Guy] tem me ajudado muito. Ele é o melhor amigo que alguém pode ter. É uma mistura de pai, amigo, professor. Sinto que quando o vejo e estou com ele, é como se estivesse assistindo a uma aula de história. As experiências dele, o que ele viveu, nunca é óbvio, nunca fica velho. É tão tocante, tão inacreditável. Faz pensar o quão sortudo você é por estar na companhia desse cara”.

Exclusivo: ouça “Sugar Mama”, blues inédito gravado pelo Led Zeppelin em 1968.

Quinn aprendeu a tocar ainda aos três anos, incentivado pelas vibrações de uma família bastante musical. Aos nove, já tinha gravado participação no álbum “Skin Deep”, de Guy, para quem volta e meia abre shows. Hoje, se prepara para lançar o terceiro disco solo da carreira, previsto para 2016, depois de ter lançado Cyclone, em 2011, Getting There, em 2013, e de ter se formado como um aluno comum na escola, entre apresentações por Europa, Índia e América do Norte.

“Ainda tenho uma vida normal, nada mudou. Tenho gente muito boa em volta de mim, exemplos, pessoas que me mantêm na linha o tempo todo. É...Uma vida normal!”, diz o prodígio, um pouco surpreso com a própria exclamação. “Sempre disse que queria ser como aquelas pessoas que via e ouvia nos discos. Sempre me imaginei tocando em grandes palcos, com a guitarra, sempre foi um sonho”.

“O céu é o limite”, afirma do alto de sua experiência Quinn, dizendo-se calejado pelos altos e baixos que a indústria musical pode proporcionar. “Aceito as coisas conforme elas acontecem, não fico pensando no que vou ser daqui cinco ou dez anos. Se sou um fenômeno? Não sei o que dizer sobre essa palavra, as pessoas dizem isso, mas penso em mim como guitarrista, cantor, uma pessoa trabalhando com música. Não penso em mim como algo maior. Sou uma pessoa modesta, nunca deixo nada subir à minha cabeça”.

Samsung Blues Festival

Classificação etária: 14 anos

Ingressos: de R$ 50,00 a R$ 900,00 (clientes Samsung têm desconto especial de 25%) no www.ingressorapido.com.br. e www.bluesfest.com.br.

Data: 17 a 19 de junho

Local: HSBC Brasil – Rua Bragança Paulista, 1281 – Vila Cruzeiro, São Paulo (SP)

DIA 17 | Abertura da casa: 19h. Início do Festival: 20h. Line-up: Tiffany Harp, Quinn Sullivan, George Benson.

DIA 18 | Abertura da casa: 19h. Início do Festival: 20h. Line-up: Ari Borger, Jimmie Vaughan and The Tilt-a-Whril Band feat. Lou Ann Barton e George Benson.

DIA 19 | Abertura da casa: 19h30. Início do Festival: 20h30. Line-up: Fávio Guimaraes, Charlie Musselwhite, Ben Harper (solo acústico).

Data: 20 de junho

Local: Teatro Vivo Rio – Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo, Rio de Janeiro.

Abertura da casa: 19h. Início do Festival: 20h. Line-up: Nuno Mindelis, Jimmie Vaughan and The Tilt-a-Whril Band feat. Lou Ann Barton. DIA 21, no Rio de Janeiro Abertura da casa: 19h30. Início do Festival: 20h30. Line-up: Fávio Guimaraes, Charlie Musselwhite, Ben Harper (solo acústico).