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25 anos sem Raul Seixas: relembre a carreira do cantor em videoclipes

Redação Publicado em 21/08/2014, às 18h18

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Raul Seixas - Divulgação
Raul Seixas - Divulgação

Gita

A estreia em carreira solo de Raul Seixas, Krig-há, Bandolo! (1973), pode trazer sucessos como “Mosca na Sopa”, “Metamorfose Ambulante” e “Ouro de Tolo”, e marcar o início da parceria do músico com Paulo Coelho, mas foi apenas com Gita (1974) que Raulzito teve o primeiro videoclipe filmado.



Barbado e esquelético, Seixas mantém o clima profético e mítico emanado por “Gita”, fazendo poses e dublando a canção enquanto quadros históricos aparecem ao fundo. O vídeo foi gravado para o programa Fantástico, da Rede Globo, em 1974, sendo um dos primeiros vídeos coloridos a fazer sucesso na TV.


“Sociedade Alternativa”



Gita não foi disco de ouro à toa: o álbum possuía diversos clássicos de Raul Seixas. E um deles é “Sociedade Alternativa”, que explicita a influência das filosofias do escritor ocultista britânico Aleister Crowley, gritado nominalmente pelo cantor na faixa.



O videoclipe da música mostra um único ambiente, de fundo escuro, onde Seixas aparece enrolado em diversas cordas amarradas por todo o salão. Atrás dele, pessoas fantasiadas fazem movimentos que acompanham a melodia e parecem engrossar o coro do refrão.


Tente Outra Vez



Em 1975, Raul Seixas lançou Novo Aeon, sucessor que não chegou nem próximo de Gita em número de vendas. O disco, entretanto, é um dos melhores do cantor, e a primeira faixa, “Tente Outra Vez”, se estabeleceu como um das mais lembradas de Seixas.



O estilo exótico de Raul Seixas marca o clipe da faixa, no qual ele faz gestos com as mãos e interpreta, ao seu jeito, a música, em frente a relógios derretidos e quebrados.


“A Maçã”

Novo Aeon, que ocupa a 53ª posição na nossa lista de melhores discos da música brasileira, ainda cedeu outro sucesso a Raul Seixas, “A Maçã”. É fácil perceber, apenas ao ouvir a canção, que Raul

estava na fase mais misteriosa da carreira dele no meio dos anos 1970.



Orquestrações e psicodelias criam o clima para uma voz sofrida de Seixas emanar todos os questionamentos e filosofias sobre a fruta – ou a mulher? O vídeo não fica atrás em obscurantismo.


“Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás”



Em termos mercadológicos, Há 10 Mil Anos Atrás, lançado em 1976, não chegou a bater o sucesso de Gita, mas rendeu melhores recompensas ao músico do que Neon Aeon. A história de “Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás”, contada por “um velhinho na calçada”, que tocava violão e pedia esmolas, é obrigatória no cancioneiro de Seixas.



Não dá para dizer que os clipes do cantor eram bem produzidos. Novamente, ele faz macaquices em frente a uma tela com imagens das mais diversas. Para o homem que “viu Cristo ser crucificado”, não era preciso muito mais.


“Maluco Beleza”



Raul Seixas trocou de gravadora, após mais uma incursão em hits antigos do rock, com Raul Rock Seixas. Em 1977, o cantor lançou O Dia em que a Terra Parou, sem parcerias com Paulo Coelho, e trazendo faixas como “No Fundo do Quintal da Escola”, “Que Luz É Essa?” e “Sapato 36”.



O álbum – apesar de já decadente em relação aos anos áureos do músico – também conta com um dos maiores hits de toda a trajetória de Seixas: “Maluco Beleza”. O clipe da canção foi ao ar no Fantástico, em 1977.


“Carimbador Maluco”



A chegada da década de 1980 não foi muito generosa com Raul Seixas. Com discos pouco representativos comercialmente, ele trocou novamente de gravadora – até ficar por conta própria. Após três anos neste cenário, ele lançou o álbum autointitulado em 1983 (disco comumente chamado de Carimbador Maluco), de volta a uma gravadora.



A alcunha alternativa foi dada porque a faixa que capitaneou o sucesso de vendas do disco (segundo de ouro de Seixas) chama-se “Carimbador Maluco”, e foi gravada para o especial infantil da Rede Globo Plunct, Plact, Zuuum.



A música se tornou um clássico infantil brasileiro e o clipe foi gravado com a participação de Seixas no programa, em 1983.


“Cowboy Fora da Lei”



Em 1984, o rock começava a aparecer de forma mais contundente nas rádios, TV e na mídia brasileira. E um dos seus pioneiros, Raul Seixas, não aproveitara nem um quinhão do sucesso do gênero. Após assinar com uma gravadora maior, e lançar Metrô Linha 743, o cantor ficou três anos longe dos holofotes e retornou com o álbum Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!.



O trabalho alcançou a marca de disco ouro – pela terceira vez na carreira de Seixas – e, assim como Raul Seixas (o Carimbador Maluco), muito do sucesso se deve ao hit “Cowboy Fora da Lei”.


“Pastor João e a Igreja Invisível”



Em agosto de 1989 era lançado A Panela do Diabo, parceria de Raul Seixas com Marcelo Nova (cabeça do Camisa de Vênus) e último disco de Raulzito em vida. No mesmo mês, no dia 21, o cantor foi encontrado morto no apartamento dele, após sofrer uma parada cardíaca.



Raul Seixas foi um dos artistas mais incensados após a morte, tornando-se um mito no cenário musical brasileiro. “Pastor João e a Igreja Invisível” é o último clipe do cantor, que não estava mais presente para ver A Panela do Diabo alcançar a marca de disco de ouro.