Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

4 coisas que aprendemos em Collective, indicado como Melhor Documentário no Oscar 2021 [LISTA]

Com duas indicações na premiação, o longa investigou casos de corrupção no Ministério da Saúde romeno após incêndio em boate

Mariana Pastorello (sob supervisão de Yolanda Reis e Julia Harumi Morita) Publicado em 12/05/2021, às 13h09

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Trailer de Collective (Foto: Reprodução / Youtube / Magnolia Pictures & Magnet Releasing)
Trailer de Collective (Foto: Reprodução / Youtube / Magnolia Pictures & Magnet Releasing)

Indicado ao Oscar 2021 na categoria Melhor Documentário e Melhor Filme Estrangeiro, Collective mostra as investigações em casos de corrupção dentro do Ministério da Saúde romeno.

Após um incêndio na boate Colectiv, em 2015, mais de 20 pessoas morreram imediatamente e 180 foram levadas às pressas para hospitais públicos com sérias queimaduras. Nos meses seguintes, 37 dessas pessoas morreram sob cuidados médicos, causados por irresponsabilidade, descaso do hospital e corrupção do governo. No decorrer do longa, é possível associar o ocorrido com o incêndio na Boate Kiss, no Brasil.

+++LEIA MAIS: Oscar 2021: 4 filmes para conhecer a carreira de Yuh-Jung Youn, indicada por Minari [LISTA]

Na produção, o diretor, roteirista e produtor, Alexander Nanau, juntou-se a uma equipe de jornalistas para investigar o motivo das mortes e como o Ministério da Saúde lidou com a situação.

Para entrar no clima do Oscar 2021, a Rolling Stone Brasil separou cinco coisas que aprendemos no documentário. Confira: 

+++LEIA MAIS: Oscar 2021: Com grandes atuações, Judas e o Messias Negro relembra crueldade humana para evitar a repetição da história [REVIEW]

Importância do jornalismo investigativo 

Alexander Nanau entrou na redação do jornal de esportes Gazeta Sporturilor e, junto com a equipe de jornalistas, investigou e apurou todos os pontos e casos relacionados ao incêndio da boate e às mortes no hospital.

Nanau mostra de perto a qualidade e importância do jornalismo investigativo para a sociedade, pois descobriu todo o caso de corrupção. Em resumo, a empresa Hexi Pharma falsificou a documentação dos desinfetantes fornecidos aos hospitais públicos, diluídos em 10% a mais do recomendado, deixando os produtos sem eficácia e causando a morte das vítimas. 

+++LEIA MAIS: Oscar 2021: Na fronteira com documentário, Nomadland faz um retrato multifacetado da vida na estrada [REVIEW]

No filme, são mostradas cenas de manifestações públicas e insatisfação contra o governo após a Gazetaexpor o caso. Percebe-se como o incêndio foi apenas uma parte do sistema corrupto e, após muita revolta, o então primeiro-ministro da Romênia Victor Ponta, renunciou o cargo.


Boate Colectiv não é um caso isolado

O caso da boate Colectiv tem muita semelhança com o ocorrido na Boate Kiss, em 2013, no Rio Grande do Sul. O incêndio no Brasil, provocado por imprudência e más condições de segurança no local, causou a morte imediata de 242 pessoas e deixou 680 feridos. Assim como na Kiss, o incêndio na Romênia iniciou-se pelo uso de efeitos pirotécnicos em um ambiente fechado, com falta de infraestrutura e revisão do ambiente. 

+++LEIA MAIS: Oscar 2021 terá Harrison Ford, Joaquin Phoenix, Zendaya e mais como apresentadores

Porém, Kiss e Colectiv não estão sozinhas. A boate Cromagnon, na Argentina, teve um caso de incêndio parecido. Durante um show de rock, em 2004, ocorreu um incêndio no local, causando a morte de 194 pessoas e deixando 1432 feridos. Tal como na Romênia, o acidente na Argentina causou insatisfação pública e iniciou-se um processo de impeachment contra o presidente da época, Aníbal Ibarra, substituído pelo vice-chefe do governo, Jorge Telerman


Corrupção 

O documentário retrata bem todo o processo investigativo de descoberta da corrupção, como a farmacêutica fez um acordo com o Ministério da Saúde, que teve trocas de ministro ao longo do caso, e os impactos de todo sistema de corrupção na saúde pública.

+++LEIA MAIS: Fãs criam petição para Marvel substituir Chadwick Boseman como Pantera Negra; entenda


Superação

Em paralelo às invetsigações jornalísticas, o documentário acompanha a história de Teddy Ursulesco, vítima do incêndio que perdeu os dedos das mãos e a sensibilidade dos braços e pernas, além de apresentar diversas cicatrizes e marcar de queimadura por todo o corpo. Como os hospitais da Romênia não tinham capacidade para lidar com tantos casos, Teddy foi hospitalizada em Viena, Áustria, e conseguiu sobreviver. 

No filme, Nanau transmite com sensibilidade a trajetória de Teddy. Mostra como ela se tornou um ícone de força e superação, convivendo com as cicatrizes externas sem as esconder. Além disso, o documentário percorre uma sessão de fotos artística de Teddy, na qual mostra todo o corpo e os danos causados pelo incêndio. Mais tarde, uma exposição é realizada com as fotos da vítima. 

+++LEIA MAIS: 5 momentos marcantes na história do Oscar - de discurso de Chris Rock a selfie das celebridades [LISTA]


Confira o trailer do filme:


+++ HAIKAISS | MELHORES DE TODOS OS TEMPOS EM 1 MINUTO | ROLLING STONE BRASIL

+++SAIBA MAIS: 7 curiosidades sobre Heath Ledger: nome, caracterização do Coringa, melhor amigo e mais [LISTA]

Apesar de ter vivido apenas 28 anos, Heathcliff Ledger (mais conhecido por Heath) marcou o cinema com papéis como Patrick Verona em 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999) e Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)

Heath nasceu em Perth, Austrália, em 4 de abril de 1979. Neste domingo, completaria 42 anos. Confira sete curiosidades sobre o ator: da origem de nome a quem era o melhor amigo. 

+++LEIA MAIS: Além de Coringa: 4 papéis icônicos de Heath Ledger [LISTA]

Nome

O nome do ator, Heathcliff, foi inspirado em um personagem de O Morro dos Ventos Uivantes (1847), de Emily Brontë, livro preferido da mãe dele, Sally Ledger. Do mesmo romance, Sally tirou o nome de outra filha, Katherine.


Primeiras experiências

Heath estudou na Guildford Grammar School, escola só para meninos, onde teve a primeira experiência como ator. Aos 10 anos, participou de uma montagem da peça Peter Pan.

+++LEIA MAIS: Warner queria a origem do Coringa de Heath Ledger em Batman: O Cavaleiro das Trevas; o que aconteceu?

Como ator profissional, um dos primeiros papéis da carreira foi em Home And Away (1988), espécie de novela teen a qual lançou várias estrelas australianas. Interpretou Scott por apenas 10 episódios e, apesar de ter feito muito sucesso, recusou propostas dos produtores para continuar.


Inspiração

Durante os anos de escola militar, Heath coreografou e dirigiu um grupo de 60 colegas para uma competição. Foi a primeira equipe masculina a disputar, e saíram vitoriosos. O ator comparou a apresentação ao estilo de Gene Kelly, de Cantando na Chuva (1952) e revelou como o dançarino era seu maior ídolo no cinema.

+++LEIA MAIS: Heath Ledger apanhou de verdade em uma das cenas mais violentas de Batman: O Cavaleiro das Trevas


Xadrez

Heath era um adorador de xadrez e jogava desde pequeno. Aos 10 anos, ganhou o campeonato júnior da Austrália Ocidental. Quando adulto, continuou o hábito e jogava frequentemente no Washington Square Park em Nova York (EUA). 


Gambito da Rainha

A partir do amor pelo xadrez, em 2008, anunciou planos de iniciar filmagens da adaptação do livro O Gambito da Rainha (1983). Teria sido a estreia de Heath como diretor de cinema. 12 anos depois, o romance foi adaptado para uma produção da Netflix e foi a série mais assistida de 2020, segundo JustWatch.


Jake Gyllenhaal

Colegas de elenco em O Segredo de Brokeback Mountain (2005), Heath e Jake Gyllenhaal se tornaram grandes amigos. O ator é, inclusive, padrinho da única filha de Ledger, Matilda.


Coringa

O vilão de O Cavaleiro das Trevas (2008) foi o papel de maior reconhecimento de Heath. Com ele, ganhou o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante em 2009. Nas filmagens, projetou sozinho a composição do personagem. Segundo Heath, se Coringa fosse real, faria a própria caracterização.

+++LEIA MAIS: Heath Ledger recusou o papel de Batman antes de ser eternizado como Coringa de Nolan: 'Nunca vou participar de um filme de super-herói'

Foi à farmácia, comprou maquiagem e aplicou-a sozinho. Depois, a equipe de maquiagem apenas replicava o visual criado por ele.