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5 séries da Netflix com protagonistas pretos [LISTA]

Sem "inclusão forçada": Algumas produções apresentam a profundidade e diversidade de personagens negros

Camilla Millan I @camillamillan Publicado em 20/11/2020, às 11h00

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Montagem de Donald Glover em Atlanta e Viola Davis em How To Get Away With Murder (Foto: Reprodução)
Montagem de Donald Glover em Atlanta e Viola Davis em How To Get Away With Murder (Foto: Reprodução)

O poder da representatividade na indústria cultural é inegável, além de visível. O streaming está apenas no começo dessa transição para mudar a realidade branca da direção, produção e elenco - e o fato de algumas séries contarem com fortes protagonistas pretos precisa ser evidenciado.

Nesta sexta, 20, celebra-se o Dia da Consciência Negra, data que reafirma a negritude enquanto poderosa e diversa. Algumas produtoras e plataformas de streaming têm trabalhado para que a consciência acerca dos corpos pretos não aconteça apenas um dia do ano, mas sempre que se assiste a uma produção, como séries e filmes. 

Na Netflix, algumas séries contemplam a diversidade e a força dos pretos. Por meio de protagonistas negros apresentados sem estereótipos e com profundidade, essas produções oferecem representatividade. 

+++LEIA MAIS: Como filmes adolescentes como 'Barraca do Beijo' falham em representatividade ao repetir o estereótipo sexualizado de personagens não-brancos?

Por isso, a Rolling Stone Brasil listou 5 séries da Netflix com protagonistas pretos: 

How To Get Away With Murder 

A inteligência e força de Annalise Keating não poderiam deixar de ser evidenciadas nesta lista. A protagonista de How To Get Away With Murder é uma advogada e professora poderosa que protege todos a sua volta e ainda precisa lidar com angústias e questões internas.

Interpretada pela brilhante Viola Davis, Keating é apresentada aos espectadores em sua essência, por mais complexa que seja. É quase impossível não sei deixar levar pelo drama e pela atuação de Davis.

+++LEIA MAIS: Viola Davis reclama de diferença salarial com brancas - a quanto pode chegar a inju$tiça?


Atlanta

A comédia dramática acompanha a relação de dois primos - um que consegue sucesso repentino após lançar uma música, e outro que decide se transformar no empresário dele. Abordando discussões sobre racismo, feminismo, indústria musical e hip hop, a produção é estrelada por Brian Tyree Henry e pelo brilhante Donald Glover- musicalmente conhecido pelo alter ego Childish Gambino.

Além de protagonizar a série, Donald Glover criou a produção, cuja fotografia e trilha sonora são impossíveis de ignorar - e Atlanta representa um importante registro sobre os bastidores do hip hop.

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Cara Gente Branca

Baseada no filme homônimo, Cara Gente Branca usa a sátira para criticar e abordar debates importantes sobre racismo, colorismo e, inclusive, a solidão do corpo preto. A série acompanha Sam White (Logan Browning‎) e outros jovens negros que são estudantes de uma universidade majoritariamente branca.

Após uma festa blackface organizada por alunos brancos, desdobram-se discussões raciais na universidade. Cada episódio explora ainda mais os debates - e, evidentemente, da perspectiva dos pretos. 

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Irmandade 

A série brasileira acompanha Cristina (Naruna Costa), uma advogada que descobre que o irmão Edson (Seu Jorge), criou a facção criminosa Irmandade de dentro da cadeia. Ao longo da trama, na qual ela acaba sendo forçada a se tornar informante da polícia, ela começa a questionar o sistema judiciário e penitenciário brasileiro. 

Abordando a realidade desse sistema judiciário e o racismo institucional na polícia, Irmandade é uma produção extremamente relevante e atual.

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Sangue e Água 

Inspirada em fatos reais, Sangue e Água conta a história de Puleng Khumalo (Ama Qamata), uma adolescente da Cidade do Cabo que pede transferência para um colégio de elite com o plano de investigar se a aluna popular Fikile Bhele (Khosi Ngema) é a irmã dela, sequestrada aos dois anos de idade.

Mesmo com a temática adolescente, do romance e dos debates sobre sexualidade e drogas, a série também aborda o privilégio de classe e raça, além do tráfico de crianças. 

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