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8 autoras que podem ser consideradas bruxas da literatura [LISTA]

Bruxas Literárias reúne 30 escritoras de diversas épocas, responsáveis por marcar gerações e enfeitiçar leitores

Vitória Campos | @camposvitoria (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 05/04/2021, às 19h21

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Agatha Christie (Foto: Divulgação), Carolina de Jesus (Foto: Reprodução) e Clarice Lispector (Foto: Divulgação / Rocco)
Agatha Christie (Foto: Divulgação), Carolina de Jesus (Foto: Reprodução) e Clarice Lispector (Foto: Divulgação / Rocco)

De acordo com Michaelis, "bruxa" é uma "mulher com o poder de empregar forças sobrenaturais para influenciar ou dominar outras pessoas por meio da magia." No entanto, seria a prática de escrever e encantar leitores algum tipo de magia capaz de nos levar a lugares extraordinários? 

A leitura tem grande poder, e, com isso, nasceu Bruxas Literárias. O livro - ou "coven" (reunião de bruxos), como descrito pelo site da editora Darkside - reúne 30 autoras de diversas escolas literárias, responsáveis por marcar gerações e enfeitiçar leitores. Foram escolhidas pela escritora Taisia Kitaiskaia e pela ilustradora Katy Horan, em uma edição da coleção Magicae da editora Darkside.

No Brasil, a edição tem o adendo de três escritoras brasileiras: Clarice Lispector, Carolina de Jesus e Lygia Fagundes Telles.

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Descubra mais sobre a vida de algumas dessas escritoras mágicas:


Agatha Christie

Agatha Christie (Foto: Divulgação)

Agatha Christie nasceu em 1890 no Reino Unido. Famosa por escrever ótimos suspenses sobre crimes e investigações policiais, não se encaixava na escola para meninas. Em 1917, aceitou um desafio da irmã sobre escrever uma história policial. Com isso, nasceu O Misterioso Caso de Styles, primeiro livro da autora. 

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Ao servir na Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra Mundial, aprendeu muito sobre venenos e remédios, enriquecendo as histórias de assassinatos. O Assassinato no Expresso do Oriente é um de seus livros mais conhecidos e foi adaptado para o cinema e teatro.


Mary Shelley

Mary Shelley (Foto: Wikicommons)

A autora de Frankenstein nasceu em 1797 no Reino Unido. Mary Shelley escreveu uma das mais famosas histórias de terror quando tinha apenas 19 anos ao ser desafiada por Lord Byron

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A autora não tinha como escapar do destino de mulher à frente do tempo, pois, além de mostrar ideias avançadas à época, era filha de Mary Wollstonecraft, autora do primeiro tratado feminista da história. No entanto, faleceu de maneira trágica, apenas 11 dias após ter dado à luz a Shelley. A autora e o marido, Percy Bysshe Shelley, tiveram quatro filhos, porém, três deles tiveram morte precoce. 


Emily Brontë

Emily Brontë (Foto: Divulgação)

A escritora d'O Morro dos Ventos Uivantes, viveu apenas 30 anos, mas deixou um legado na literatura. Segunda filha mais velha entre as irmãs, Emily Brontë preferia viver de forma solitária. Em 1821, com a morte da mãe, ela e as irmãs foram morar em um colégio interno, onde eram castigadas com o frio e pouca alimentação. 

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Romancista e poetisa, muitas vezes escrevia sob o pseudônimo masculino, Ellis Bell. Entre suas peculiaridades, há a história de ter cauterizado o braço após ser mordida por um cachorro e aprender a língua alemã sozinha


Audre Lorde

Audre Lorde (Foto: Divulgação)

Audre Lorde nasceu em Nova York e se considerava guerreira; feminista; negra; poeta e lésbica. Ajudou a fundar o Kitchen Table: Women of Color Press, periódico dedicado à notícias de mulheres negras. Um de seus atos mais importantes foi o trabalho militante com mulheres afro-alemãs em 1980. 

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A autora também escreveu obras de não-ficção, misturando ensaios e textos jornalísticos sobre sua experiência de vida. Contava sobre a infância até o diagnóstico de câncer de mama, causa de sua morte em 1992. 


Virginia Woolf

Virginia Woolf (Foto: George C. Beresford / Wikicommons)

Virginia Woolf foi uma das criadoras da inclusão de pensamentos do narrador na hora de contar histórias. A escritora modernista não costumava frequentar a escola e foi educada em casa. Fundou a Hogarth Press com o marido, Leonard Woolf. Lá, divulgavam boa parte do trabalho. 

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Sucesso de crítica, Woolf foi uma figura importante no feminismo de 1970 e participou de grupos neopagãos. Costumava buscar estilo de vida alternativo, prezando o contato com a natureza e, até mesmo, nudez em público. Em 1941, se matou por não receber tratamento para lidar com a doença mental.


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Carolina de Jesus

Carolina de Jesus (Foto: Reprodução)

Brasileira, Carolina de Jesus teve a vida transformada após publicar Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada em 1960. Vivia na favela do Canindé, em São Paulo, e é considerada uma das primeiras escritoras negras do país. Com a primeira tiragem do livro, vendeu dez mil exemplares em uma semana. A obra foi um sucesso, e, até o momento, vendeu mais de um milhão de cópias em quatorze idiomas. 

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Carolina também foi poetisa, compositora e mãe de três filhos. Segunda a autora, sempre recusou ser submissa a um homem. 


Clarice Lispector

Clarice Lispector (Foto: Divulgação / Rocco)

Clarice Lispector nasceu em 1920 na Ucrânia, mas veio para o Brasil ainda pequena. Com romances importantes, é considerada uma das principais escritoras brasileiras do Século XX. 

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Iniciou no universo literário na tradução, para, depois, tornar-se escritora e jornalista. Lispector dominava ao menos sete idiomas e publicou o primeiro livro, Perto do Coração Selvagem, com apenas 24 anos, o qual recebeu o Prêmio Graça Aranha. Hora da Estrela, de 1977, foi sua última obra publicada em vida. 


Lygia Fagundes Telles

Lygia Fagundes Telles (Foto: Divulgação)

Conhecida como dama da literatura brasileira, Lygia Fagundes Telles nasceu em 1923 e explorou o universo feminino nas obras. Grande representante do movimento pós-modernismo, busca uma perspectiva atual para falar sobre adultério, drogas e amor. 

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Publicou Porão e Sobrado, seu primeiro livro, com 15 anos. Hoje, com 97 anos, lança A Estrada. O conto estava perdido e, resgatado, será lançado primeira vez em livro. A obra aborda amores idealizados, incertezas e solidão.


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