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Abril Pro Rock tem noite dedicada ao metal

Brujeria e Ratos de Porão são os destaques do segundo dia do festival

Murilo Basso, de Recife Publicado em 22/04/2012, às 14h18 - Atualizado em 23/04/2012, às 23h28

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Brujeria - Divulgação / Rafael Passos
Brujeria - Divulgação / Rafael Passos

Os norte-americanos do Exodus encerraram a segunda noite do Abril Pro Rock, no último sábado, 21, no Chevrolet Hall. Os grandes destaques da noite, que contou com cerca de sete mil pessoas, foram o grupo paulista Ratos de Porão, liderado pelo vocalista João Gordo – que aproveitou para criticar a organização do Metal Open Air: “Tem que ir pra cadeia, fudeu com a história de 30 anos que nós fizemos com os gringos”, disse João – e os mexicanos do Brujeria, que se despediram com uma versão de “Macarena”, com o refrão substituído por “Hei, marijuana”.

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Com letras em espanhol, rostos cobertos por máscaras e canções que passam por temas como satanismo, sexo e tráfico de drogas, os mexicanos levaram o público ao delírio. O Brujeria foge dos clichês do gênero: o show não é, em nenhum momento, marcado pela agressividade ou pela violência. Embora com peso e vocais intensos, as canções demonstram certa cadência. E a interação com a platéia é facilitada pela proximidade da língua. “Como vão ustedes cabrones loucos do Brasil?”, perguntou o vocalista El Brujo.

Em “Vayan sin Miedo” ocorre o único stage dive do show, enquanto “Brujerizmo” é o momento mais marcante da apresentação. “Revolución” é outro destaque, canção de forte cunho social que contagia os presentes. A apresentação contou ainda com músicas como “Matando Güeros”, “Marcha de Odia”, “Anti Castro”, “El Desmadre” e “Angel de la Frontera”

O Ratos de Porão entregou o que seu público já está acostumado. Aliás, o público é parte fundamental para a construção de um show da turma liderada por João Gordo: a plateia canta todas as músicas, até mesmo as mais obscuras e fica a sensação de que poucas bandas conseguem atingir três décadas de carreiras de forma tão sólida como o Ratos de Porão.

Já o Exodus, formado em 1980 e liderado por Gary Holt (guitarra) – o grupo conta ainda com Rob Dukes (vocais), Lee Altus (guitarra), Jack Gibson (baixo) e Tom Hunting (bateria) – equilibrou seu repertório entre clássicos e canções mais recentes. Mas apesar da competência, boa parte do público já se mostrava desinteressado. O Abril Pro Rock continua neste domingo, 22, em sua última noite, que conta com nomes como Nada Surf, Antibalas, Otto e Mundo Livre SA.