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Acontece - Apadrinhado por Tiago Iorc, o duo Anavitória une pop, música sertaneja e doçura em seu disco de estreia

A candura das performances do Anavitória encantou o cantor e compositor Tiago Iorc, que passou a ser uma espécie de padrinho do duo

Lucas Brêda Publicado em 24/04/2016, às 11h09

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Vitória Falcão (à esq.) e Ana Caetano formam o Anavitória - Breno Galtier
Vitória Falcão (à esq.) e Ana Caetano formam o Anavitória - Breno Galtier

A dupla Anavitória é uma das novidades mais improváveis da atual música brasileira. Não pelas composições extremamente doces, cativantes e acessíveis mas pela mistura de música sertaneja, MPB e pop, no que elas classificam como “pop rural”. “De onde viemos tem muita influência do sertanejo, crescemos ouvindo isso”, explica Ana Caetano, de 21 anos, metade da dupla completada por Vitória Falcão, de 20. “Não tem como negar [essa inspiração], tem algo nas melodias, no jeito de cantar, nas vozes que se unem.”

Ao telefone, elas deixam escapar, além do bom humor, uma leve ingenuidade de início de carreira. Isso e a confusão que surge quando começam a falar simultaneamente não casam com o crescimento exponencial do Anavitória. O EP autointitulado, marco inicial da carreira, está completando um ano neste bimestre e o disco de estreia delas já está gravado. Além disso, o vídeo da canção “Singular”, que alavancou a trajetória das meninas, já acumula cerca de 5 milhões de visualizações no Facebook, na página Brasileiríssimos.

Ana e Vitória se conheceram por volta de 2013, na pequena cidade de Araguaína, no Tocantins. “Estudávamos na mesma escola, mas só fomos nos falar por um amigo em comum e pelo amor à música”, diz a mais velha. Elas então passaram a gravar vídeos de performances musicais, tocando juntas as composições de Ana. Em 2015, se mudaram para São Paulo e agora trabalham em parceria. “Eu sou a pessoa que instiga”, comenta Vitória, ressaltando o protagonismo da companheira nas composições. “Só fico dando pitaco.”

A candura das performances do Anavitória encantou o cantor e compositor Tiago Iorc, que passou a ser uma espécie de padrinho do duo. “Mandamos um vídeo com uma cover do Tiago e ele e o Felipe [Simas, empresário e sócio de Iorc] chamaram a gente para gravar”, conta Ana. Com produção do artista, o primeiro disco delas, também autointitulado, deve sair em maio, com 11 faixas. Na tracklist estarão as duas originais do EP, “Singular” e “Chamego Meu”, e uma versão que reforça a veia sertaneja da dupla, de “Tocando em Frente”, famosa na voz de Almir Sater.

Questionada se já consegue viver da própria música, depois de se mudar para São Paulo, Ana não esconde: “Ainda não, acabamos de começar!” Vitória é mais cautelosa: “[Estamos aqui] porque acreditamos [na carreira] e temos papai e mamãe que acreditam também. Minha mãe fica falando para todo mundo: ‘Ei, tu conhece o Anavitória? Põe no YouTube!’ Mas o que ela mais gosta atualmente é de ouvir a master do álbum no fone de ouvido [risos]”.