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Após votação, processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é aprovado pela Câmara

Decisão dos deputados agora será avaliada pelo Senado, onde precisa ser confirmada por maioria simples

Redação Publicado em 17/04/2016, às 23h37 - Atualizado em 18/04/2016, às 13h28

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Dilma sofre com a impopularidade
 -  ELZA FIUZA AGENCIABRASIL-ABR
Dilma sofre com a impopularidade - ELZA FIUZA AGENCIABRASIL-ABR

Foi autorizada, na noite deste domingo, 17, a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) pela Câmara dos Deputados. Eram necessários pelo menos 342 deputados favoráveis, mas a contagem final ultrapassou o número mínimo de votos antes mesmo do fim da sessão.

O voto decisivo para chegar aos 342 necessários foi dado pelo deputado Bruno Araújo (PSDB), de Pernambuco, por volta das 23h.

Dilma, entretanto, não será afastada imediatamente do cargo. Após a autorização da Câmara dos Deputados, o processo de impeachment agora será avaliado pelo Senado, onde precisa ser confirmado por uma maioria simples. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a votação no Senado deve acontecer até o início de maio.

Se o plenário do Senado instaurar o processo, Dilma deve se afastar da presidência por 180 dias, período em que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiria a presidência interinamente. Se a abertura do impeachment for rejeitada no Senado, o processo deve se encerrar.

A cerimônia deste domingo, 17, o foi comandada pelo presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB, que votou “sim” ao impeachment). A votação seguiu a ordem de Norte a Sul do Brasil, por Estados, de maneira alternada, começando com Roraima e chegando ao fim com os deputados de Alagoas.

Os discursos que acompanharam os votos dos deputados foram, na maioria, exaltados, e recuperaram temas recorrentes. Muitos dos favoráveis ao impeachment citaram “deus”, a família (frequentemente citando nomes de parentes), o “povo brasileiro” e a corrupção. Do outro lado, os deputados contrários focaram em taxar o impeachment como “golpe”, defendendo que Dilma “não cometeu crime de responsabilidade.”

Um comentário frequente, tanto dos favoráveis quanto dos contrários, foi em relação ao deputado Eduardo Cunha. Investigado pela operação Lava Jato, o presidente da Câmara foi criticado, chamado de “ladrão” e por diversas vezes “ameaçado” pelos parlamentares.