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Autoramas e BNegão reforçam apelo por mais parcerias na música brasileira

Banda e rapper carioca dividiram palco durante o Festival Porão do Rock

Lucas Reginato, de Brasília Publicado em 08/09/2012, às 12h15 - Atualizado às 13h21

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Autoramas e BNegão - Divulgação
Autoramas e BNegão - Divulgação

Confirmado como umas das atrações para o festival Porão do Rock, o Autoramas havia divulgado que receberia no palco de Brasília um convidado especial. Na semana da realização do evento, o nome de BNegão surgiu como sendo a surpresa. Mas a parceria é longa, e data da cena musical carioca dos anos 90, tendo sido este show feito anteriormente em 2011, após mobilização e financiamento coletivo.

“Quando nos sugeriram fazer o show com ele pensei: ‘Irmão, compro essa ideia na hora, só precisa avisar pro BNegão’”, lembra o vocalista Gabriel Thomaz. Na verdade este era um nome natural, já que além de serem da mesma geração, Bacalhau, baterista do Autoramas, foi também integrante do Planet Hemp.

Desde então o projeto se concretizou mais de uma vez, e além de São Paulo o show em conjunto foi feito em outras ocasiões, até mesmo em Portugal, onde se encontraram durante um festival.

Se foi tão natural a escolha do parceiro, o mesmo não se pode dizer da escolha de repertório. “Foi uma espécie de negociação”, brinca BNegão. “Eu pedia para tocar ‘garageiras’, e eles queriam que eu fizesse meus raps.” No palco do Porão do Rock, o quarteto – que conta ainda com a baixista Flávia Couri – montou um set list realmente eclético, que contou com músicas do álbum novo do Autoramas como “Tudo Bem”, canções mais antigas da banda como “Você Sabe” e músicas do rapper como “Até o Caroço”, além de sucessos do Planet Hemp como “Queimando Tudo” e clássicos inusitados como “Let’s Groove”.

Satisfeito com o resultado, Gabriel faz apelo para que mais parcerias aconteçam. “Esse negócio de parceria sempre foi tradicional na música brasileira, acho que tem que ter mais”, diz. “Eu acho chato quando no encarte de um CD está escrito ‘todas as letras por fulano’. É mais legal quando todo mundo se mistura, põe suas ideias e respeita a ideia dos outros.”