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Banda Lady Antebellum troca de nome para evitar associação com termo racista

Trio fez o anúncio pelas redes sociais

Redação Publicado em 12/06/2020, às 08h50

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Lady A em apresentação ao vivo (Foto: AP)
Lady A em apresentação ao vivo (Foto: AP)

Na última quinta, 11, o trio estadunidense Lady Antebellum, formado por Charles Kelley, Dave Haywood e Hillary Scott, anunciou que trocou o nome da banda para evitar associação com termo racista, enquanto acontecem protestos antirracistas nos Estados Unidos após o assassinato de George Floyd. O grupo, a partir de agora, leva o nome de Lady A.

A banda postou uma declaração nas redes sociais, na qual falaram do incômodo da palavra "Antebellum" ser associada com a guerra-civil estadunidense. Naquele período, estados do sul do país se separaram do resto dos EUA porque queriam manter o "direito" de ter escravos.

No texto, Kelley, Haywood e Scott afirmaram que o trio sempre "se esforçou para fazer das músicas um refúgio inclusivo para todos".

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 "Nós temos visto e ouvido muitas coisas nas últimas semanas", comentaram. "Nossos corações se encheram de convicção, nossos olhos se abriram para injustiças, desigualdades e preconceitos que mulheres e homens negros sofreram e continuam a sofrer todos os dias".

Então, depois de "muita reflexão pessoal, discussão entre a banda, orações e muitas conversas honestas com os nossos amigos e colegas negros", a banda decidiu "retirar a palavra 'Antebellum' do nosso nome e seguir como Lady A, que já é o apelido escolhido por nossos fãs há muito tempo".

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Em outro momento do texto, os integrantes da Lady A explicaram de como surgiu o nome. Originalmente, "a palavra nos lembrava da música sulista que nos influenciou... Rock do sul, blues, R&B, gospel e country".

Eles continuaram: "Nós sentimos muito pela dor que esta escolha possa ter causado, e nos desculpamos com cada pessoa que possa ter se sentido ameaçada, invisível ou sem valor". Além disso, "causar dor nunca foi a nossa intenção, mas isso não muda o fato que causamos".

A banda ainda tem a consciência de "que muitos vão perguntar por que não tomamos esta decisão antes" e reconhecem não ter "nenhuma desculpa para o nosso atraso". Então, "o que podemos fazer é reconhecer o nosso erro, rejeitá-lo e agir para repará-lo".

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Na conclusão do texto, a Lady A falou sobre combater o racismo: "Estamos comprometidos em avaliar o nosso impacto individual e coletivo, e em fazer as mudanças necessárias para praticar o antirracismo".

"A nossa próxima atitude será uma doação para a Equal Justice Initiative [organização que apoia presidiários que podem ter sido condenados injustamente, a maioria deles negros] através de nossa fundação, a LadyAid", revelaram.

Logo, eles esperam "que, dando o exemplo, com humildade e empatia, possamos nos tornar melhores aliados aos que sofrem com injustiças explícitas e implícitas, e influenciar as crianças e futuras gerações a fazerem o mesmo".

Veja a declaração abaixo.


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