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Baterista do Aerosmith processa banda por forçá-lo a fazer testes para poder tocar

Joey Kramer foi substituído e depois precisou provar que poderia fazer o próprio trabalho - para depois ser expulso

Redação Publicado em 21/01/2020, às 18h45 - Atualizado às 19h22

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Joey Kramer (foto: Robb Cohen/Invision/AP/Shutterstock)
Joey Kramer (foto: Robb Cohen/Invision/AP/Shutterstock)

Joey Kramer, baterista do Aerosmith, entrou com uma ação contra o resto da banda. O músico argumentou que os colegas o excluíram injustamente de juntar-se novamente ao grupo antes da apresentação no Grammy e a continuação da residência em La Vegas.

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Segundo a ação, que foi obtida pela Rolling Stone EUA, Kramer sofreu alguns ferimentos leves que o deixaram de lado no momento em que a banda estava preparada para estrear Deuces Are Wild, a residência da banda em Las Vegas.

Meses depois, Kramer argumentou que estaria pronto para juntar-se ao grupo, mas o processo alega que o músico foi rejeitado de maneira inconsistente com os termos estabelecidos no contrato do Aerosmith.

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A ação chega ao grupo antes da apresentação agendada para o Grammy no próximo domingo, 26, assim como o show de tributo em homenagem à banda, em 24 de Janeiro - já que aceitaram o prêmio de Pessoa do Ano do MusiCares.

"Não é sobre dinheiro", disse Kramer em declaração. "Estou sendo privado da oportunidade de ser reconhecido juntamente aos meus colegas por nossas contribuições coletivas e duradouras para a indústria da música. Nem o prêmio de Pessoa do Ano do MusiCares nem as honras de conquistas do Grammy podem ser repetidas". 

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Um representante do Aerosmith não retornou imediatamente ao pedido da Rolling Stone EUA por uma resposta. 

De acordo com Kramer, depois de ter informado à banda que estava pronto para voltar a tocar, eles obrigaram-no a fazer testes para o grupo - não com a participação do músico em um ensaio, mas com uma gravação solo do baterista tocando uma faixa.

Segundo a ação, disseram a Kramer que o músico precisava demostrar que podia "tocar em um nível apropriado", mesmo que esse padrão nunca tenha sido usado na história da banda quando outros membros sofreram ferimentos responsáveis por os manterem fora do palco.

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Além disso, o processo de Kramer observa que não há nenhuma cláusula no contrato do Aerosmith exigindo que um membro precisa "tomar qualquer providência" para demonstrar a habilidade de tocar como modo de juntar-se novamente à banda após um período temporário de incapacidade.

Em uma tentativa de "neutralizar a situação", o processo diz que Kramer cedeu e deixou seu substituto, John Douglas, tocar o resto dos shows do Deuces Are Wild em 2019. 

Kramer era o responsável por pagar Douglas pois, de acordo com o contrato da banda, todos os músicos têm direito a sua parte total da renda da performance ao vivo, mesmo que sejam substitutos. No entanto, o pagamento da substituição é feito por meio do corte no dinheiro destinado ao integrante ausente.

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No início de janeiro, Kramer finalmente concordou e fez o teste. Enquanto os integrantes da banda disseram-no que soava "ótimo", o baterista argumentou que, em 15 de janeiro, o Aerosmith realizou um voto sem precedentes sobre o futuro do músico e, finalmente, decidiram contra a volta dele ao grupo.

A ação argumenta que essa decisão não foi baseada em padrões inventados de 'tocar em um nível apropriado', 'tocar tão bem quando o técnico de bateria' ou de 'padrão tecnicamente correto'; e sim um um padrão novo, irracional, arbitrário e caprichoso. Os integrantes do Aerosmith disseram que Kramer não tinha "energia" suficiente nas gravações.

"O fato de me pedirem para fazer um teste para o meu próprio trabalho, demonstrar que posso tocar em 'um nível apropriado' e tocar melhor do que meu substituto temporário com um alvo móvel de padrões inventados é ao mesmo tempo ofensivo e perturbador", Kramer disse em seu comunicado.

"Outros integrantes da banda e seus advogados provavelmente tentarão menosprezar minha execução e afirmar que não posso tocar bateria agora. Nada poderia estar mais longe da verdade. Fiz tudo o que pediram, pulei as coisas e fiz tanto uma gravação de solo como uma recente gravação ao vivo da banda -  algo que eu nunca tinha ouvido antes. E esse processo foi gravado em vídeo", continuou o músico.

"Mas eu fiz, e fiz bem. Nos 50 anos de história do Aerosmith nenhum outro membro da banda foi submetido a essa análise, e muito menos obrigado a fazer um teste para seu próprio trabalho!", afirmou Kramer.

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Juntamente com o tributo à Pessoa do Ano do MusiCares e a performance nos Grammys de 2020, o Aerosmith deve retomar sua residência em Las Vegas ainda este mês, com shows adicionais agendados em maio e junho. A banda também planeja comemorar seu 50º aniversário com uma turnê européia ainda este ano.


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