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Bem-humorados, Will Smith e Josh Brolin promovem MIB: Homens de Preto III no Rio de Janeiro

Atores falaram da franquia e da carreira em entrevista coletiva nesta quinta, 23; “Dez anos foi um exagero, mas foi o tempo que precisou”, disse Smith sobre o tempo que levou para ser produzido um novo filme

Stella Rodrigues, do Rio de Janeiro Publicado em 23/02/2012, às 16h55 - Atualizado às 17h09

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Josh Brolin e Will Smith - Divulgação
Josh Brolin e Will Smith - Divulgação

Nesta quinta, 23, em um salão do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, os protagonistas Will Smith e Josh Brolin contaram um pouco sobre MIB: Homens de Preto III, novo capítulo da lucrativa franquia, que chegará aos cinemas no dia 25 de maio. O tom da coletiva, como já era de se esperar, foi de comédia. Apesar de não terem tido permissão de responder tudo que foi perguntado sobre o que acontece na produção, os atores fizeram piada o tempo todo, e Smith, com sua já conhecida simpatia, teve ao seu lado um companheiro de peso no quesito “tirar sarro de si mesmo”.

Com a tagline “de volta… no tempo”, a franquia Homens de Preto retorna aos cinemas mostrando o agente J (Smith) viajando para a década de 60 com o objetivo de mudar o curso da história. Para que isso aconteça, precisa convencer um jovem – e já bastante carrancudo – K (Brolin, nessa versão do passado) a matar um alienígena que poderá destruir a Terra posteriormente. Impressiona o quanto Brolin está parecido com Tommy Lee Jones, intérprete “oficial” do agente K. Smith, veterano na cinessérie, argumenta que a atuação do colega, conhecido de longa data de Tommy Lee, é o grande trunfo deste novo capítulo. “A química de um filme não tem como criar, aprender, comprar. Ou tem ou não tem”, disse Smith. “Na primeira vez que encarnamos os personagens juntos foi bizarro o quanto foi idêntico ao primeiro filme. Tínhamos que criar algo novo, por um lado, mas de cara caímos em uma dinâmica igualzinha à do primeiro.”

“Josh fez todo o trabalho difícil no filme. Eu só me diverti. Eu conheço bem o agente J, é como voltar para casa”, brincou Smith ao falar do desafio do colega, que pegou um trem já em movimento. Brolin concordou e relembrou a dificuldade que passou em um quarto de hotel enquanto usava um aplicativo para ouvir e tentar imitar a voz de Tommy Lee. “Eu acho que nunca fiquei tão bêbado na vida como naquela noite”, contou Brolin. “Estava em pânico e certo que não ia conseguir. Seus nervos te atrapalham nessa hora.”

Dez anos se passaram desde que o segundo longa – menos bem-sucedido que o original – foi produzido, mas Smith defende o intervalo como algo positivo. “Muitas vezes filmes assim são apressados, você se empolga depois que já existe uma série, acaba esquecendo de ter uma história de verdade. Dez anos foi um pouco de tempo demais, mas foi o que precisou para ter um filme em si, não apenas uma terceira parte de uma série. Passou tempo o suficiente para que ele se tornasse independente dos outros. O segundo sofreu daquele mal de sequências em que você não quer fugir muito do que aconteceu no primeiro porque deu muito certo. Este conseguiu ter uma voz própria.”

A grande novidade para Homens de Preto III é um avançado 3D, que torna os alienígenas ainda mais asquerosos. Smith brincou que sua única dificuldade em rodar com a tecnologia foi a preocupação com suas acentuadas e famosas orelhas. “Mas deu certo, não ficou tão ruim, somente um pouco protuberante. As crianças vão achar divertido.” Brolin complementou que sua larga cabeça inspirou a mesma sensação. “O diretor Barry Sonnenfeld me escolheu exatamente porque era a cabeça que ficaria melhor em 3D”, ele disse, rindo.

Outra novidade é a volta no tempo, que permitiu que o diretor pudesse brincar um pouco com a estética de ficção. “Essa é a genialidade de Barry. Os aliens são como aliens eram imaginados e mostrados na TV em 1969. É o tipo de visual de Star Trek, em que você conseguia ver o zíper na roupa. É lindo observar como eles conseguiram desenhar alienígenas retrô”, elogiou Smith.

Muita coisa ainda está envolta em segredo. Os atores não puderam contar, por exemplo, quais participações especiais aguardam os espectadores. No segundo filme, uma das melhores piadas é ter Michael Jackson como ET. Que celebridade encarna um ET desta vez? Ele não recebeu permissão para contar, mas sussurrou em tom de piada ao microfone “Lady Gaga”.

Em certo momento, três fotos de celebridades brasileiras foram mostradas aos astros para que eles tentassem adivinhar qual era o alien. Calejados e cientes do conceito de responsabilidade jurídica, não responderam à pergunta, mas brincaram bastante com as imagens que viram - do jogador Neymar, da atriz Susana Vieira e da dançarina Valesca Popozuda.

Outro momento divertido foi quando falaram sobre voltar no tempo: para onde iriam e em que momento da história, caso tivessem a chance? Com franqueza, Smith argumentou que negros não sentem muita vontade de ir ao passado, já que, quanto maior a volta no tempo, maior o preconceito.

Passado e filhos

Já que o clima era de flashback, Josh Brolin ainda teve a oportunidade de refletir sobre onde estava quando o primeiro filme saiu. “Não estava trabalhando muito e fiquei olhando para Will Smith e falando ‘Ah, se pudesse’”, brincou. “Lembro de ver o primeiro e achar muito, muito bom”, acrescentou. Smith concluiu, então, retomando o raciocínio anterior: “O primeiro tinha a novidade, era um conceito muito novo, isso carregava o primeiro filme. Agora a novidade acabou, então há uma necessidade maior de ter uma história muito atraente para o terceiro”.

A prole Smith, que tem estado com o ator em grande parte de seus projetos, também foi lembrada. Ele contou que a filha Willow é para ele uma lembrança constante de o

quanto ele ainda tem para aprender sobre como funciona o universo. “Ela acabou de raspar a cabeça totalmente e está felizona com isso”, revelou. A ironia disso, claro, está no fato de que ela ficou conhecida com o hit-chiclete “Whip My Hair”, em que fala de balançar os cabelos para frente e para trás. Já Jaden Smith esteve com o ator há poucos dias na Costa Rica rodando After Earth (projeto que deve trazer Will de volta ao Brasil ano que vem, segundo o próprio).

“Quando você trabalha com seus filhos, é o melhor trabalho que você vai fazer. Está na melhor luz possível e seus filhos estão lá compartilhando isso. Esse é o negócio da nossa família. É um negócio grande, internacional e aos olhos de todo mundo, mas é esse nosso ramo.”