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Billy Corgan diz que “a mitologia dos anos 1990 agora é irrelevante”

O frontman do Smashing Pumpkins comenta a "ameaça pop nos EUA" e lamenta a falta de roqueiros nas paradas

Rolling Stone EUA Publicado em 20/12/2014, às 12h34

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Billy Corgan, frontman do Smashing Pumpkins - Divulgação
Billy Corgan, frontman do Smashing Pumpkins - Divulgação

Enquanto estava promovendo o disco mais recente do Smashing Pumpkins, Monuments to an Elegy, Billy Corgan ouviu várias vezes um mesmo pedido: que comentasse o momento de pico do rock alternativo na década de 90. Mas em uma entrevista para o jornal britânico The Guardian, o roqueiro parece ter se cansado de falar sobre o assunto: "Neste momento, aquela era é irrelevante”, disse.

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Corgan destacou que nem o Pumpkins nem qualquer banda daquele período segue nas paradas. Ele também desmentiu a ideia que tem sido propagada de que muitas novas bandas têm influência de artistas dos anos 90. “Não é isso que escuto. A mitologia [daquela era] neste momento é irrelevante para combater a atual ameaça do pop aos Estados Unidos."

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Embora Corgan não tenha justificado o argumento citando nomes, ele declarou que “a música eletrônica está ganhando de todo mundo” e afirmou que não importa o quão nostálgicas as pessoas se sintam em relação à década de 90 se aquela música, ou a música inspirada por ela, não consegue competir nas esferas culturais mais importantes. “Não significa nada.”

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"Vejam o quanto os DJs estão faturando! Estão dando um pau nas bandas de rock. E estamos nós aqui sentados, falando sobre uma era de 20 anos atrás porque ela tem toda uma aura na cabeça das pessoas. Enquanto isso, tem 60 mil pessoas em um campo vendo um cara com luzes atrás dele.”

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Recentemente, em uma entrevista para o Wall Street Journal, ele disse que “no pop, há um ciclo estranho em que você precisa estar muito ciente do passado constantemente e ele acaba atrasando sua vida mais do que te edificando”. “Eu acho que finalmente cheguei em um momento em que estou abrindo mão de todo o peso da bagagem. Não sinto mais a necessidade de tocar certas faixas, mas também não é como se me recusasse a tocá-las.”

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