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Black Eyed Peas

Redação Publicado em 06/01/2011, às 12h20 - Atualizado em 07/01/2011, às 10h26

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Divulgação
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Black Eyed Peas

The Beginning

Universal

Desta vez, faltou criatividade e interesse à trupe de Will.i.am

Qualquer pequeno pudor que o Black Eyed Peas pudesse ter em relação a fazer músicas comerciais foi completamente esquecido com The Beginning. A ousadia de colocar, no disco anterior, um pé no euro-pop deu frutos rentáveis, como os brasileiros puderam ver na longa turnê que passou por aqui, encerrada em um lotado Morumbi, no ano passado. E agora eles se jogam de corpo inteiro. Da transformação do tema de Dirty Dancing no house safado “The Time (Dirty Bit)” à reciclagem do tema “balada intensa” em “Light Up the Night”, tudo soa como uma noite regada a aditivos em Ibiza. A banda se preocupou até em fazer coros para serem cantados aos pulos, com o copo de uísque com energético na mão: ouça os “ô, ô, ô, ô” de “Someday” e tente não visualizar essa imagem. É impossível. Fergie ressurge como uma sub-Shakira em “Whenever” e gritona sexy na divertida “The Situation”. De certa forma, este novo trabalho é uma extensão do anterior, The E.N.D., bebendo das mesmas fontes, mas de uma forma mais descuidada, sem a preocupação de disfarçar o objetivo comercial da história. The Beginning só é recomendado para quem gosta de pop 100% independente de criatividade ou propósito artístico. Por outro lado, alguém esperava algo diferente do Black Eyed Peas a esta altura do campeonato?

PAULO TERRON