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Black Mirror: 4 acontecimentos bizarros que são parecidos com a série distópica

Apesar de parecer muito distante, algumas tecnologias da série já estão em desenvolvimento - e isso pode ser assustador

Camilla Millan I @camillamillan Publicado em 30/10/2020, às 20h36

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Arte: Camilla Millan (Foto: Reprodução)
Arte: Camilla Millan (Foto: Reprodução)

Não é novidade que a tecnologia está avançando e que, cada vez mais, algumas invenções parecem cruzar o limite do bizarro. Por isso, uma das séries mais famosas na atualidade é Black Mirror.

A medida que novas tecnologias surgem - algumas com intuitos muto estranhos - são feitas várias comparações com a série distópica da Netflix. Isso porque, muitas vezes, temos medo das consequências dessas invenções.

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Não estamos falando apenas de viagens espaciais para pessoas endinheiradas ou a descoberta de água na Lua - as tecnologias mais estranhas são aquelas que, em alguns anos, poderão ser utilizadas na rotina dos indivíduos.

Será que a humanidade se tornará dependente de uma tecnologia bizarra? Será que algumas invenções poderão modificar dinâmicas familiares e, até, o luto em relação à morte? 

Algumas dessas perguntas são abordadas em episódios de Black Mirror, mas não precisamos ir à ficção para observarmos acontecimentos bizarros envolvendo tecnologia. Por isso, a Rolling Stone Brasil separou os fatos mais estranhos que se parecem com a série distópica:

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Geração de celebridades virtuais

Nesta semana, Lee Soo-Man, fundador do SM Entertainment Group, fez uma declaração chocante que a internet relacionouy diretamente com a série Black Mirror: a empresa líder em agenciar grupos de K-pop começará a investir em uma geração de celebridades virtuais.

De acordo com Soo-Man, a indústria do entretenimento contará com avatares de celebridades configurados por meio da inteligência artificial - e que coexistirão com os seres-humanos.

“No mundo das celebridades, os robôs alimentados por big data desempenharão um papel significativo. Mais importante ainda, o desenvolvimento da tecnologia de IA permitirá que avatares personalizados se adaptem à vida das pessoas”, disse Soo Man em uma palestra no primeiro Fórum Mundial da Indústria Cultural.

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De fato, o acontecimento é muito parecido com o episódio de Black Mirror no qual Miley Cyrus interpreta uma cantora pop que passa a comercializar uma versão de bolso dela mesma, um boneco com IA capaz de imitá-la e agir como ela para conversar com cada fã. 

A live do primeiro Fórum Mundial da Indústria Cultural, no qual Lee Soo-Man palestrou (a participação dele começa a 1:33:00 de vídeo), pode ser assistida na íntegra abaixo:


Óculos de realidade virtual para ver pessoas mortas

No início de 2020, um canal sul-coreano de televisão conseguiu documentar o encontro entre Jang Ji-sung e a filha dela Nayeon, morta em 2016. Por meio de tecnologias de realidade virtual, as duas se encontraram, interagiram e trocaram algumas palavras

No vídeo, quando se reencontram, a recriação virtual da criança se aproxima da mãe e diz: "Mãe, por onde esteve? Você pensou em mim?".  A filmagem emocionante foi publicada no YouTube - e representa uma desses avanços tecnológicos que podem assustar e trazer à tona a pergunta: esse tipo de simulação pode ajudar a lidar com as perdas? 

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A experiência, contudo, ainda não é fácil de ser realizada. De acordo com o site PC Gamer, a equipe responsável pelo documentário demorou oito meses para criar todo o cenário do momento e também para recriar a menina.


Chip de monitoramento de cérebro Elon Musk

Em agosto, Elon Musk revelou que o projeto Neuralink contará com um chip de monitoramento de cérebro. Segundo o fundador da SpaceX, o produto ajudará a solucionar problemas na coluna e cerebrais, como insônia e depressão.

Além do monitoramento, o chip poderá se conectar ao aparelho de telefone do usuário por meio do Bluetooth e terá algumas outras funções, definidas por Musk como “convenientes” - que seriam ouvir música e até jogar videogames, mesmo com impedimento motor.

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No entanto, a parte mais bizarra - e estranhamente parecida com Black Mirror - é que o chip possibilitará aos usuários que salvem e revejam memórias - e tudo isso poderá ser feito apenas com uma pequena cirurgia na cabeça.

Atualmente, o dispositivo está sendo testado em porcos, mas o objetivo final é que humanos o utilizem. Contudo, será que o uso será correto ou extrapolará limites da ética e livre-arbítrio das pessoas? Assista abaixo à apresentação de Musk sobre o projeto:

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Ainda não se sabe quais consequências o chip pode ter para a vida do ser-humano. No entanto, é notável as semelhanças com alguns episódios de Black Mirror, como "Arkangel" e "The Entire History of You".

Em "Arkangel", uma mãe implanta um dispositivo na filha para controlá-la, sabendo a sua localização e o que ela vê. Em "The Entire History of You", um microchip na mente grava todas as lembranças para que elas sejam revisitadas - e como se trata de Black Mirror, ambas as experiências dão muito errado.


Recriar pessoas mortas

Nçao, você não leu errado. Um pesquisador brasileiro chamado Deibson Silva acredita que é possível recriar pessoas mortas - e ele está desenvolvendo a startup Legathum para isso se tornar realidade.

Em entrevista para a Forbes, Silva explicou sobre o intuito do projeto, que “irá mapear a personalidade humana e transferir tudo isso para uma inteligência artificial”. Por meio de um bot, o usuário contará todas as suas experiências de vida.

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“O sistema vai levar, no mínimo, seis meses para mapear todo o histórico de uma pessoa adulta, da infância aos dias atuais. E não vai mais parar, ou seja, será um processo contínuo até o último dia de vida”, disse Deibson Silva. Após a análise completa dos dados, o objetivo é possibilitar chamadas em vídeo entre a recriação virtual da pessoa morta e o indivíduo que deseja revê-la.

A tecnologia impressionante pode ser comparada a um dos episódios mais bizarros e populares de Black Mirror: "Be Right Back". Nele, a personagem Martha não se conforma com a morte do marido e resolve contratar um serviço online para se manter em contato com ele, primeiro por ligações e depois por um corpo de carne sintética no qual o programa pode ser baixado.

O episódio mostra, justamente, os aspectos positivos e negativos dessas tecnologias, além do lado da dependência em algo que nunca será real.

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