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Bob Dylan é como um escultor e um pintor, diz Martin Scorsese

O cineasta dirigiu o novo documentário Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story que estreia nesta quarta, 12

Redação Publicado em 11/06/2019, às 12h29

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Martin Scorsese (Foto: Evan Agostini / Invision / AP)
Martin Scorsese (Foto: Evan Agostini / Invision / AP)

Bob Dylan não deu nenhuma resposta fácil para Martin Scorsese sobre à sua turnê Rolling Thunder Revue em 1975. Com isso, em vez do renomado cineasta entregar um documento cronológico sobre a turnê americana e do artista, Scorsese permitiu que a mística permanecesse. 

Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story chega à plataforma de streaming, Netflix, nesta quarta, 12, e retrata uma das turnês mais inusitadas do cantor pelos Estados Unidos. O momento contou com um grupo de artistas como Joni Mitchell, Joan Baez, Roger McGuinn,  Allen Ginsberg e Mick Ronson. 

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"A razão pela qual temos mitos é porque eles são atemporais e falam sobre à nossa condição humana", conta Scorsese disse à Variety antes da estréia de Rolling Thunder Revue em Nova York na última segunda, 10. "Pode ser um mito da Grécia ou de Roma, mas significa algo para quem somos como seres humanos. E eu acho que as palavras do Dylan nos tocam de maneira semelhante."

"A performance de "Isis" que Dylan fez em Montreal, em 1975, foi o ponto de partida", conta o cineasta. Isso vai muito além das composições dele, observa Scorsese, "toda vez que ele canta, é um pouco diferente - o fraseado, a entonação e o tom da voz. Então é sempre novo. Não sabemos qual ritmo será. A maneira como ele molda as palavras, é como um escultor e um pintor. Isso é fantástico."

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Em 2005, Scorsese abordou a ascensão de Dylan no documentário No Direction Home, e três anos depois, começou a conversar com Jeff Rosen, para que eles pudessem explorar os capítulos posteriores da história do Dylan em um novo filme. 

Muitas filmagens do Rolling Thunder existiam, mas Rosen começou a reunir os participantes para compartlhar as memórias. Scorsese começou a esboçar o filme, mas teve que colocá-lo em espera. Naquela década, ele conta que não se lembra exatamente o motivo de algumas pessoas, principalmente a Sara, esposa de Dylan, ter ficado de fora. 

"A primeira filmagem que eu vi foi em 2008", conta. "Não me lembro se tivemos alguma recusa, já faz tanto tempo. Mas sei que algumas pessoas estavam realmente dispostas e muito felizes em participar."

Assista o trailer abaixo: 

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