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Budweiser Made in America: ao vivo, Beyoncé é imbatível

Nenhuma cantora em atividade é capaz de cantar e dançar, de maneira combinada, como a esposa de Jay Z

Bruna Veloso, da Filadélfia Publicado em 01/09/2013, às 03h34 - Atualizado em 05/09/2013, às 12h01

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Beyoncé - Getty Images/Divulgação
Beyoncé - Getty Images/Divulgação

É fácil afirmar: nenhuma cantora pop supera Beyoncé ao vivo. A Mrs. Carter, principal atração da primeira noite do festival Budweiser Made in America, é o exemplo do equilíbrio ideal de uma artista que dança e canta – sem playback. Quando estamos falando de performers que se movimentam tanto no palco, o que obviamente dificulta o canto, Beyoncé é, atualmente, imbatível.

A carreira de Beyoncé em fotos.

Neste sábado, 31, raras eram as pessoas usando calças no Benjamin Franklin Parkway, espaço onde foi realizado o festival. A temperatura se manteve alta durante todo dia, prato cheio para a marca de cerveja patrocinadora, cuja bebida (US$ 9 ou US$ 11, dependendo do tamanho da lata), junto às margueritas enlatadas sabor limão ou morango (US$ 11), era o que havia de mais refrescante no evento.

O local onde são realizados os shows foi montado em meio a ruas fechadas – então, enquanto você caminha de um palco a outro, enxerga placas e semáforos no meio do caminho. Beyoncé se apresentou logo após o DJ e produtor deadmau5 (imitado por diversas pessoas que circularam pelo festival que, apesar do calor, insistiram em usar máscaras de rato como ele). Mas até o próprio deadmau5 tirou o capacete, possivelmente tentando encontrar algum refresco em meio ao clima quente de Philly, como as pessoas costumam chamar a cidade por aqui.

Depois do eletrônico de deadmau5, foi a vez de Beyoncé: linda, com os cabelos na altura dos ombros e um carão inimitável, Beyoncé entrou no palco pouco depois da hora marcada (22h30, horário local), cantando “Run the World (Girls)”. Baixando os ânimos – como que para manter o equilíbrio entre a voz e o rebolado –, veio “If I Were a Boy”, emendada a um trecho de “Bitter Sweet Symphony”, do The Verve.

Na atual turnê, The Mrs. Carter Show, que neste mês passará pelo Brasil, Beyoncé costuma “voar” por cima do público, pendurada por cabos de aço. Neste show, que teve um formato reduzido (menos de 1h30) por ser dentro de um festival, ela deixou a estripulia de lado. E nem fez falta: seja fazendo o público dançar com músicas como “Get Me Bodied” ou mostrando o alcance da voz em “I Will Always Love You”, homenagem a Whitney Houston, Beyoncé entretém com qualidade durante cada segundo em que permanece no palco.

Apenas uma expectativa frustrada: Jay-Z, curador do Budweiser Made in America, estava nos bastidores do evento, mas não subiu ao palco para cantar com a esposa o hit “Crazy in Love”.

O festival

A principal característica da maratona é a variedade de estilos musicais, todos muito bem recebidos pelo público norte-americano. Neste sábado, foi possível ouvir clássicos do hip-hop com o Public Enemy, hits recentes do gênero com 2 Chainz (incrivelmente aplaudido no palco secundário, o Liberty Stage), o rock cantarolável do Imagine Dragons e o indie distorcido do Cloud Nothings.

Os quatro palcos (além do Liberty, há o Rocky Stage, o principal, o Freedom Stage, dedicado à música eletrônica, e o Stage Park, com uma pista de skate) foram divididos de maneira satisfatória nesse sentido. No mesmo lugar onde se apresentou 2 Chainz, tocou o trio de irmãs Haim, frequentemente comparado ao Fleetwood Mac; no palco principal também tocaram os opostos Phoenix e A$ap Rocky.

Neste domingo, 1 de setembro, você continua acompanhando a cobertura do Budweiser Made in America nas redes sociais da Rolling Stone Brasil. Entre as atrações estão Nine Inch Nails, Queens of the Stone Age, Solange (irmã de Beyoncé), Wavves e Macklemore & Ryan Lewis.