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Champignon testou a arma antes de suicídio, diz a polícia

Músico morreu na madrugada desta segunda, 9, aos 35 anos

Redação Publicado em 09/09/2013, às 15h04 - Atualizado às 16h51

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Champignon - Rogério Motoda
Champignon - Rogério Motoda

Novas informações sobre a morte de Luiz Carlos Leão Duarte Junior, o Champignon, foram reveladas pela delegada Milena Suegama, do 89º Distrito Policial de São Paulo. Ela afirmou que foram dois os disparos feitos pela pistola 380 do baixista. O primeiro, segundo ela, foi feito por ele contra o chão para testar a arma, e o segundo do lado direito da cabeça do músico de 35 anos. A polícia acredita na hipótese de suicídio.

10 grandes músicas com o baixo marcante de Champignon no Charlie Brown Jr.

Champignon estava na madrugada desta segunda, 9, em seu apartamento, em São Paulo, com a mulher, Claudia Campos, grávida de cinco meses. Os dois saíram para jantar com um casal de amigos no domingo, 8, e tiveram uma discussão, segundo a polícia. Logo após os disparos, Claudia, que disse em depoimento à polícia que Champignon não usava drogas, entrou em estado de choque e foi encaminhada para o Hospital Metropolitano, onde ficou entre 2h30 e 6h40. Segundo a delegada Milena, não foram encontrados vestígios de drogas ou remédios controlados no apartamento.

Relembre momentos da vida de Champignon.

O corpo do baixista será velado a partir das 19h desta segunda, 9, no Cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, mesmo local que onde Chorão foi enterrado. Durante as primeiras horas, o velório será aberto para receber fãs do músico. Mais tarde, contudo, apenas amigos mais próximos e familiares terão acesso ao corpo que será sepultado nesta terça, 10, às 15h.

O caso

Um vizinho de Champignon, morador de um prédio no Jardim Caboré, em São Paulo, contou ao jornal Folha de S. Paulo que ouviu um barulho de tiro vindo do apartamento à 0h. Em seguida, ouviu gritos da mulher dele e foi ao local ver o que tinha acontecido. Segundo relatou, a mulher do músico, grávida, abriu a porta do apartamento chorando e aos gritos, dizendo: "Amor, você não fez isso". De acordo com o tenente da Polícia Militar Rafael Elias Franco Pinto, o músico tinha uma pistola 380 em uma das mãos e um tiro na boca. "A delegada deve pedir imagens das câmeras de segurança do prédio", disse ele ao veículo.

A tragédia acontece pouco mais de seis meses depois da morte de Alexandre Magno Abrão, 42, o Chorão, vocalista do Charlie Brown. Depois de Chorão ter sido vítima de uma overdose, os integrantes remanescentes do grupo terminaram o disco Família 013, previsto para sair este ano, e formaram outra banda, A Banca.

Vivendo no limite e buscando incessantemente respostas, Chorão alcançou o sucesso, colecionou fãs e propagou mensagens. Mas nada foi suficiente para que ele conseguisse salvar a si próprio.

Champignon já havia deixado de maneira conturbada o Charlie Brown. Em seguida, ele montou o grupo Nove Mil Anjos ao lado de Junior Lima, Péricles Carpigiani e Peu Sousa, ex-guitarrista de Pitty, que cometeu suicídio em maio deste ano. Após o término da banda, o baixista se reconciliou com o Chorão e voltou ao Charlie Brown.

Em setembro do ano passado, Chorão brigou com o músico no palco de um show em Apucarana. Dias mais tarde, a dupla publicou um vídeo pedindo desculpas aos fãs. Veja abaixo (o pedido de desculpas começa a partir de 5'42").

Champignon era vocalista d'A Banca.