Rolling Stone
Busca
Facebook Rolling StoneTwitter Rolling StoneInstagram Rolling StoneSpotify Rolling StoneYoutube Rolling StoneTiktok Rolling Stone

Cheio de esperanças

O baterista Nick Mason diz que não consegue se libertar do Pink Floyd, e fala sobre o sonho de uma reunião

Brian Hiatt Publicado em 28/09/2011, às 10h55 - Atualizado às 11h18

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Nick Mason - AP
Nick Mason - AP

Os integrantes vivos do Pink Floyd conversaram com a Rolling Stone EUA sobre o legado do grupo, que a partir deste mês, terá seu catálogo gradativamente relançado em edições de luxo remasterizadas. Na entrevista abaixo, o baterista Nick Mason mostra o seu descontentamento com o fato de que seus ex-companheiros de banda não parecerem dispostos a uma reunião.

Na sua cabeça, o Pink Floyd é apenas algo do passado? Tecnicamente, você e David Gilmour ainda são o Pink Floyd.

Eu acho que é uma daquelas coisas sobre as quais não estou pronto para dizer: “não existe mais”. E sabe, pode ser que eu seja uma pessoa triste e não consiga me libertar, mas é aquele sentimento de “quem sabe”? Acho que vivo com a esperança de que possa rolar outro Live Aid ou algo do tipo. Eu não espero que ninguém anuncie que estamos entrando em estúdio e gravando um disco novo, mas também sou bem relutante em dizer que acabou. Em parte, tem a ver com o fato de eu odiar a ideia de qualquer espécie de aposentadoria. Sempre deixei a porta aberta. Eu sei que David não iria querer fazer nada agora, mas as pessoas mudam.

Quando você ouve o Dark Side of the Moon hoje, o que você escuta de diferente, que não conseguia escutar quando o gravou?

Acho que ouço e fico surpreso com o quão bom, tecnicamente, ele é. E o quão aperfeiçoado é. É interessante, porque eu sou muito crítico. Eu nunca lançaria agora, por vontade própria, coisas que gravamos no passado.

É fascinante assistir Live at Pompeii, que tem cenas ao vivo do Punk Floyd em 1969, e ver o salto que vocês deram, musicalmente, daquela época até o Dark Side. Como foi que isso aconteceu?

Dark Side foi o último disco em que as músicas foram tocadas ao vivo antes das gravações, o que eu acho que é relevante. Mas acho que foi também o fato de estarmos fazendo aquilo por cinco anos. Todas as músicas de Piper at the Gates of Dawn vinham de algo que já havíamos tocado ao vivo. E a versão de estúdio foi, inevitavelmente, uma versão cortada. Então acho que ficamos calejados nisso, como um exercício. Sabe, "Interstellar Overdrive" [que saiu no disco] foi a menor versão já gravada.

Dark Side é um dos maiores álbuns de rock da história, e não é necessariamente agitado. É um disco devagar e atmosférico.

Realmente. Não é um bom disco para dançar.

Como baterista, você tem uma preferência? Você gosta de tocar devagar?

Muito. Meu médico diz: “Nunca toque mais rápido que o ritmo do seu pulso!” [Risos] E é por isso que o Roger [ Waters] ficava me dando umas coisas curiosas para comer. Acho que nós encontramos o tipo de coisa que gostávamos de tocar.