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Sónar SP: com som embolado do palco Village, Doom faz show para fãs

A plateia era mirrada, mas quem esteve presente era claramente amante da sonoridade hip-hop underground do rapper mascarado

Stella Rodrigues Publicado em 12/05/2012, às 04h47 - Atualizado às 15h31

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Doom no Sónar - Daniel Vorley/ Getty Images LatAm
Doom no Sónar - Daniel Vorley/ Getty Images LatAm

Mesmo a atração anterior, o DJ Cut Chemist, tendo atrasado meia hora para subir ao palco, instaurando assim um dominó de atrasos durante o resto da noite, o Sónar Village ainda estava bastante vazio quando Doom, o rapper mascarado de muitas alcunhas, começou sua performance, cinco minutos depois da 0h. Mas ficou claro que quem chegou (relativamente) cedo e não estava no Sónar Club vendo a aguardada performance 3D do Kraftwerk é porque realmente conhecia e curtia o rapper nascido na Inglaterra, mas criado nos Estados Unidos. E ele até que interagiu bastante com o público entre um verso e outro, mesmo escondido e protegido atrás da máscara inspirada em Dr. Doom, personagem da Marvel, e em Maximus Decimus Meridius, do filme Gladiador.

Uma polêmica cerca as performances de Doom fora de casa. Por causa de um muito reportado, mas nunca confirmado, medo de voar, é notória no mundo rapper a convicção de que, na realidade, não é ele quem realiza boa parte de suas performances, mas sim um primo com corpo e voz semelhantes. Para todos os efeitos, o músico que subiu ao palco como Doom (que se não era o próprio era tão bom quanto) estava acompanhado de dois outros MCs, um também mascarado e outro servindo de incentivador, uma espécie de líder de torcida do show. O que eles diziam nos intervalos das músicas nem sempre ficou claro. O som embolado do palco atrapalhou a apresentação de rimas bem trabalhadas, com inspiração em programas de TV e filmes antigos, animações e mitologia.

"Accordion", música composta sob o pseudônimo Madvillain, uma parceria dele com Madlib, abriu o show. Por coincidência e para a sorte de um dos patrocinadores, o Doritos, essa letra cita nominalmente a marca de salgadinhos que estavam sendo distribuídos tão abundantemente no local. "Hoe Cakes" e "One Beer" também integraram o set list, que ocupou 40 minutos da noite.