O autor falou também sobre lidar com a expectativa dos fãs para o sexto livro da saga que deu origem a Game of Thrones
A pressão em cima de George R.R. Martin para terminar o sexto livro da saga Crônicas de Gelo e Fogo, na qual Game of Thrones era baseado, é enorme e, convenhamos, talvez não muito saudável. Em uma entrevista à Greta Johnsen, apresentadora do podcast Nerdette, o autor abordou assuntos do tipo obsessão com os personagens e como lida com a expectativa dos fãs.
Ao falar sobre a dificuldade que tem de as vezes não conseguir progredir na escrita da obra, o escritor trouxe à tona também os momentos nos quais a continuidade da história flui.
"Quando consigo escrever ativamente, quando está indo tudo bem — e de forma alguma as coisas vão sempre bem, tem dias bons e dias ruins, meses bons e meses ruins — mas quando vai bem, eu vivo em Westeros", contou.
E acrescentou que, nesses dias prolíferos, "acordo pensando no Tyrion e na Arya, ou no Aegon o Conquistador, quem quer eu esteja escrevendo sobre, e vou dormir a noite pensando neles. Quando estou dirigindo, penso neles. Isso preenche minha vida."
"Para conseguir entrar nesse estado quase zen de obsessão, preciso empurrar a vida real para longe", detalhou, e explicou como não consegue fazer igual a outros autores, que criam em qualquer lugar: "Preciso reservar um dia só para escrever, nada mais no meu calendário".
Quanto à expectativa dos fãs do livro para o lançamento do próximo capítulo na hitória de Westeros, Martin contou que aprendeu a lidar com isso e desistiu de tentar gerenciar essa pressão. "Vai ficar pronto quando estiver pronto".
E isso pode demorar bastante ainda, já que além de as vezes não conseguir progredir, ele ainda regride. "Alguns dias paro para ler o que escrevi na semana anterior e penso, 'Está horrível!'. Aí rasgo tudo e começo de novo".