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Dave Grohl: ‘David Bowie mandou eu me f****’

O líder do Foo Fighters criou uma página no Instagram para "escrever contos que farão as pessoas sorrirem"

Redação Publicado em 28/04/2020, às 09h56

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Montagem com Dave Grohl, líder do Foo Fighters  (Foto: Renan Olivetti / I Hate Flash) e David Bowie (AP Images)
Montagem com Dave Grohl, líder do Foo Fighters (Foto: Renan Olivetti / I Hate Flash) e David Bowie (AP Images)

No último mês, Dave Grohl criou uma página no Instagram chamada @davestruestories (Histórias verdadeiras de Dave, em português), que já possui mais de 320 mil seguidores. Nela, o líder do Foo Fighters compartilhará fatos divertidos sobre a vida dele no rock n’ roll.

Em seu post inaugural, ele escreveu: “Atualmente estou procurando trabalho, então pensei em passar o tempo escrevendo contos que farão as pessoas sorrirem.”

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Agora, a Billboard revelou um trecho da nova história contada por Grohl durante a quarentena e o isolamento social causado pelo coronavírus. Confira abaixo:

“Bem, está resolvido. Agora vai se f****.”

Estático na cadeira da sala, meu estômago caiu como um peso de chumbo enquanto eu olhava horrorizado para a tela do meu laptop. Dedos tremendo sobre o teclado frio, eu li e reli essas duas frases repetidamente, rezando para que fosse apenas um erro de digitação, algum tipo de desastre cruel ou autocorreção. Mas… Não foi um erro.

David Bowie tinha acabado de mandar eu ir me f****.

Acredite, não foi a primeira vez que meus ouvidos surrados ouviram uma linguagem tão clara, mas do próprio ‘Duque Magro e Branco’? O que eu poderia ter feito para causar uma reação tão devastadora de alma? Foi algo que eu disse? Ou eu tinha feito o que sempre faço diante de uma lenda de verdade, exibindo, nervoso, todas as minhas manias mais irritantes? (Há muitas, acredite em mim). Eu refiz todos os nossos breves encontros ao longo dos anos, refazendo a… Minha vida com David Bowie (Deus, como eu gostaria que esse fosse o título do meu livro…)

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Como a maioria dos rockeiros ‘de sangue vermelho’, David Bowie compôs parte da trilha sonora da minha vida desde tenra idade. Seu primeiro álbum ao vivo, David Live, participava do rodízio de música regular na minha sala quando eu era pequeno, e a clássica faixa ‘Suffragette City’ fazia muito sucesso quando eu tocava com minha banda nerd nas festas de quintal do início dos anos 1980. (Eu cantava os vocais de fundo com o melhor grito pré-adolescente que eu poderia arrancar da minha garganta). Comecei a pensar sobre isso… Ainda me lembro bem da época em que vomitei frango Kung Pao no carro da minha irmã depois de beber muita cerveja barata em uma festa do ensino médio, enquanto os doces sons de ‘Space Oddity’ tocavam ao fundo. Ah… As memórias.

Mas o álbum que realmente roubou meu coração, e eu sei que serei criticado pelos fãs de hardcore por admitir isso, foi sua obra-prima de 1983, Let’s Dance. Por mais que eu queira fingir estar apaixonado pela fase mais profunda e sombria de Berlim, eu só quero fazer a dança de Molly Ringwald para 'Modern Love' todos os dias, 8 horas por dia. (Desculpe, Pitchfork!) Sério, esses tambores, cortesia de Omar Hakim e Tony Thompson, iluminaram muitas lâmpadas em meu débil cérebro, e sua influência pode ser ouvida em todas as bandas com as quais eu toquei desde então. (Ao conhecer o grande e falecido Tony Thompson anos atrás, confessei que havia roubado mais do que alguns de seus riffs de bateria em minha carreira. Ele respondeu: "Oh, eu sei...")

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Fique de olho na conta de Grohl no Instagram esta semana para entender como as coisas terminam.


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