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Flashback: Rolling Stones e Stevie Wonder vão à loucura no palco com Uptight e Satisfaction; assista

Vídeo mostra como foi a turnê dos Stones com os shows de abertura da estrela do R&B Stevie Wonder

Kory Grow, Rolling Stone EUA Publicado em 07/08/2019, às 19h59

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Mick Jagger, dos Rolling Stones, em 1972 (Foto: AP Photo)
Mick Jagger, dos Rolling Stones, em 1972 (Foto: AP Photo)

Em 1972, Stevie Wonder lançou o álbum Music of My Mind, enquanto os Rolling Stones soltaram o Exile on Main Street. Os dois discos alcançaram sucesso em pouco tempo, com o trabalho de Wonder chegando à 21ª posição na Billboard 200, e o dos Stones, na 1ª.

Quando os Stones convidaram Wonder para abrir a turnê daquele ano, a parceria entre os artistas se tornaria, automaticamente, uma colaboração incrível.

Após se juntarem em quatro datas, a mistura se tornou ainda mais excitante quando tocaram o hit “Uptight (Everything’s Alright)”, de 1966, e a canção dos Stones “(I Can’t Get No) Satisfaction."

Em 26 de julho, eles se apresentaram no Madison Square Garden, em Nova York, e foram à loucura com a ajuda do conjunto de sopros que acompanhavam os artistas. Mick Jagger e Stevie Wonder mostraram grande química sobre o palco. 

Wonder se soltou nas partes de "and I try", de "Satisfaction". Ambos dançaram como se aquela fosse, de fato, a performance mais excitante da carreira deles. 

Os cineastas Robert Frank e Daniel Seymour gravaram a performance para o documentário Cocksucker Blues, mas a obra nunca foi lançada oficialmente. Os Stones abriram um processo para manter a gravação longe dos olhos do público devido ao mau comportamento dos artistas.

Agora o vídeo inteiro está disponível - não oficialmente - no YouTube.


Um artigo publicado na Rolling Stone EUA de1976 sobre o documentário classificou a colaboração de Wonder como destaque do filme. "Apenas breves cenas do show ficam com o espectador - particularmente uma em que Jagger e Wonder dançam durante a performance de "Satisfaction", disse a revista.

"Para a maioria, o filme é distante e frio como a morte, a distância dos Stones - para membros da turnê, para cada um, para ajudantes como Andy Warhol e Lee Radziwill - é monolítica ('Um bando de voyeurs sangrentos', Jagger dá tapa em fotógrafo). Ao final, tudo que resta é a música, e até isso é irreal como a esterilidade quadrifônica do filme finalmente lançado para narrar a turnê de 1972 - Senhoras e Senhores, os Rolling Stones."

Em uma entrevista para a New York Times na época, Wonder disse que gostou muito da turnê, embora alguns locais de show não tenham colocado o nome dele nas marquises e a quantidade de tempo que teve para ficar sobre o palco tenha sido diminuta. "Não importava quantos aborrecimentos a gente tinha, a energia boa superava as ruins", disse o artista.

"Música é como uma religião para mim, sabe, e quanto mais compartilhamento acontece entre os músicos e a audiência, mais poderosa a música se torna. Eu gosto de ter muito tempo para alongar - para colocar o espírito em movimento - e nós só tocamos por 30 ou 40 minutos, mas nós ainda fazíamos com que várias pessoas tivessem experiências intensas."

Na atual turnê dos Stones, a música “(I Can’t Get No) Satisfaction” ainda é escolhida para o encerramento, e permanece sendo a canção mais apresentada ao vivo pela banda. “Uptight” também permanece como uma das músicas mais tocadas de Wonder, embora tenha sido superada por outra faixa que saiu em 1972, bem depois da tour dos Rolling Stones: "Superstition."

Naquele tempo, tudo que importava para Wonder foi ter presenciado um momento de transcendência com as pessoas ao ouvi-lo. "Eu gosto de sentir acontecer quando estou lá; Eu gosto de me sentir livre com a minha audiência", disse o artista.

"E se as coisas se acalmam, eu só começo a bater palmas e ficar funky. E rapidamente aquele sentimento de união está bem aqui. Esse é o tipo de resposta que eu gosto."

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