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Demi Lovato anuncia ser pessoa não-binária e muda de pronomes; entenda

De acordo com Lovato, 'compartilhar isso abre outro nível de vulnerabilidade para mim'

Redação Publicado em 19/05/2021, às 09h54

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Demi Lovato no American Music Awards 2017 (Foto: Neilson Barnard/Getty Images)
Demi Lovato no American Music Awards 2017 (Foto: Neilson Barnard/Getty Images)

Em anúncio feito no Twitter na madrugada desta quarta, 19, Demi Lovato revelou ser uma pessoa não-binária e falou sobre mudança de pronomes. A informação é da CNN.

"Todos os dias quando acordamos, nos é dada uma nova oportunidade e chance para sermos quem queremos e desejamos ser," afirmou na publicação. "Passei a maior parte da minha vida crescendo em frente a todos vocês. Vocês viram o bom, o mau e tudo o mais."

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Lovato explicou como não quer ser porta-voz ou especialista e mudará os pronomes para "they/them," neutros no inglês: "Hoje é um dia no qual estou muito feliz em compartilhar mais da minha vida com vocês – sinto orgulho em deixar que vocês saibam da minha identificação como pessoa não-binária."

"Minha vida não foi uma jornada apenas para mim, mas também estava vivendo para quem está do outro lado das câmeras," continuou. "Isso aconteceu depois de muito trabalho de cura e auto-reflexão. Compartilhar isso abre outro nível de vulnerabilidade para mim. Faço isso por aqueles que não conseguem mostrar quem realmente são com os entes queridos. Por favor, vivam suas verdades - e envio muito amor para todos."

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Em março de 2021, em entrevista ao podcast Joe Rogan Experience, Demi Lovato revelou ser pansexual, quem sente atração ou se relaciona independente do sexo biológico ou identidade de gênero. "Sou fluida agora - e parte da razão pela qual sou tão fluida é porque estava super enrustida," disse na conversa.


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Nesta segunda, 17, é o Dia Internacional contra a LGBTfobia. A data é uma referência ao dia 17 de maio de 1990, em que a homossexualidade deixou de ser considerada uma patologia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Dia 17 de maio é uma data de reflexão, especialmente no Brasil - país que mais mata LGBTQIA+ no mundo. Um relatório divulgado no dia 17 de maio de 2019, via Secretaria de Políticas Sociais da CUT-SP, aponta que, em média, há uma morte de LGBT a cada 23 horas no Brasil.

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No ano seguinte, dados do Trans Murder Monitoring (Observatório de Assassinatos Trans, em tradução livre) apontaram que pelo 12º ano consecutivo, o Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo. 

A luta contra a LGBTQIAfobia é diária e imediata, principalmente em um país em que há um visível descaso e falta de compromisso com a comunidade. Neste dia 17 de maio, é preciso reforçar, mais uma vez, esta urgência.

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Por este motivo, a Rolling Stone Brasil convida para uma reflexão sobre a necessidade e urgência da luta. Desse modo, listamos 7 filmes - (inter)nacionais - para entender a luta contra a LGBTfobia. Os títulos refletem sobre identidade, sexualidade, autoconhecimento, amor-próprio, aceitação e mais. Confira: 

Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016)

Moonlight – Sob a Luz do Luar é um filme aclamadíssimo pela crítica com destaque para maneira como reflete sobre identidade, sexualidade e humanidade de pessoas negras. Segundo o Geledes, o longa apresenta as consequências de um ambiente de violência, pobreza e família desestruturada para a masculinidade de meninos, jovens e homens negros.

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Conforme explica a sinopse, o filme segue os três capítulos decisivos da vida de Chiron, um jovem negro que cresceu em Miami. A jornada épica do protagonista o acompanha até a maturidade, e é guiada pela bondade, apoio e amor da comunidade que ajuda a criá-lo.


Rafiki (2018)

Rafikié uma produção com elenco e equipe formado por mulheres. O drama apresenta a história de duas garotas quenianas, Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva), que embora as famílias sejam rivais, elas se aproximam na busca de viver os sonhos. Ao se apaixonarem, precisam enfrentar os preconceitos da sociedade profundamente conservadora em que vivem. 

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Inclusive, o filme foi banido na Quênia, país de origem, mas fez muito sucesso no principal festival de cinema do mundo, o Cannes. De acordo com o Mulher no Cinema, a equipe teve dificuldade para exibir a produção no país natal, porque lá as relações homossexuais ainda são consideradas crime.


O Mau Exemplo de Cameron Post (2018)

O Mau Exemplo de Cameron Post(2018) aborda a sexualidade e a repressão ao criticar o processo de 'cura gay' e os centros de conversão gay dos Estados Unidos. Com uma equipe formada majoritariamente por mulheres, o filme, baseado no livro de Emily M. Danforth, conta a história de Cameron (Chloë Grace Moretz), uma menina que é enviada para um 'centro de conversão' em 1993 após ser vista beijando uma garota.

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Na clínica, onde ela seria 'transformada' em uma adolescente heterossexual, ela começa a descobrir mais sobre si, sobre a sexualidade e entra em um processo de autoconhecimento. A situação absurda vivida por Cameron, e por outros milhares de adolescentes dos Estados Unidos, provoca uma profunda reflexão no espectador. 


A Garota Dinamarquesa (2015)

A Garota Dinamarquesa acompanha a história de amor inspirada na vida de Lili Elbe e GerdaWegener, que navegam na jornada inovadora de Lili como a primeira transexual (ao menos a primeira registrada) a passar por um procedimento de redesignação de gênero. Segundo os críticos, o filme é uma vitrine para o talento de Eddie Redmayne, explorando temas instigantes a partir de um drama biográfico lindamente filmado.

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Orgulho e Esperança (2014)

Comédia dirigida por Matthew Warchus e inspirada em uma história real, Orgulho e Esperança acompanha um grupo de mineiros galeses em 1984/85 em uma das mais importantes disputas do Reino Unido. Um grupo de ativistas LGBT, durante a marcha do Orgulho Gay, em Londres, vê nas lutas daqueles homens um reflexo das suas.

A partir da união entre os dois grupos, os habitantes de Onllwyn - a pequena comunidade rural e mineira do País de Gales - precisarão aprender a ultrapassar os preconceitos.

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Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho conta a história do jovem Leonardo, um garoto de 15 anos com deficiência visual, interpretado por Guilherme Lobo, que procura ser independente e está descobrindo o próprio corpo. O adolescente se apaixona pelo colega de classe Gabriel, vivido por Fabio Audi, ao mesmo tempo, contudo, precisa lidar com o fato da melhor amiga, Giovana (Tess Amorim), querer namorar Gabriel também.

O filme foi vencedor do prêmio da crítica no Festival de Berlim. No Brasil, estreou em poucas salas, mas reuniu, em quatro semanas, 167 mil espectadores. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho está disponível na Netflix.

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Meninos Não Choram (1999)

Meninos Não Choram, drama biográfico dirigido por Kimberly Peirce, acompanha Teena Brandon, um jovem transgênero que se envolve romanticamente com Lana, uma mãe solteira. No entanto, ele mente para ela sobre o passado e eventos inesperados vão aparecer entre o amor do casal.

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