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Depois do SXSW e antes do Rock in Rio, Xenia França vai para o espaço no clipe de "Nave"

Inspirada pela primeira negra a ir para o espaço, artista protagoniza clipe da canção mais sci-fi da sua estreia solo

Pedro Antunes Publicado em 21/03/2019, às 16h00

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Xenia França, no clipe de "Nave" (Foto: Helena Wolfenson)
Xenia França, no clipe de "Nave" (Foto: Helena Wolfenson)

Enquanto o restante do disco de estreia de Xenia França presava por resgatar heranças e situava a cantora no hoje, a canção "Nave" destoava. Olhava adiante, para frente, para o futuro. Deliciosamente sci-fi, a música tem agora seu lado "espacial" escancarado com o clipe lançado com exclusividade pela Rolling Stone Brasil.

A canção, assinada por Verônica Ferriani e Clarice Peluso, se destacava de Xenia, a estreia solo elogiadíssima da antiga cantora da banda Aláfia (ouçam ambos, aliás, vale a pena!), justamente pela união do que é ancestral da cantora, em termos de percussão com sons metalizados futurísticos.

No meio disso, Xenia vaga sua voz por um ambiente sem gravidade, em ritmo próprio, destacando questões tão problemáticas da vida contemporânea. "Enquanto transita um novo boato / Santo tira o corpo fazendo de surdo / A geral engole o tom do julgamento / Cospe marimbondo, tava armado o circo / Um quase inocente na arena inflamada / Queimando a cabeça à beira do absurdo", ela canta. 

Agora, a artista que deixou Camaçari, na Bahia, quinze anos atrás, vai para o espaço.

Desta forma, ela cria Xaniqua, uma persona sua, astronauta, viajante do cosmos, que estrela "Nave", o videoclipe, assinado pela Filmes da Diaba, de Camila Maluhy e Octávio Tavares, nesta quinta-feira, 21.

"Xaniqua é uma personagem conectada com a natureza e representa um pouco da minha visão da vida e como sinto as coisas. Tudo está interligado. O universo é incrível e quanto mais nos conhecermos mais aprenderemos sobre quem nós somos de verdade", analisa Xenia.

O vídeo levou um ano para ficar pronto e teve inspiração em Mae Carol Jemison, a primeira mulher negra a ir para o espaço, em 20 de setembro 1992, como parte da tripulação de um ônibus espacial Endeavour.

Representatividade é a palavra aqui, para descrever os atos de Mae Carol e de Xenia. “Mesmo tendo exemplos como o de Mae Carol Jemison, o cinema e a cultura pop ainda ignoram esse tipo de representatividade em suas produções”, expõe ela.

A artista, aliás, segue se estabelecendo como voz a ser ouvida no País e fora dele. Depois de voltar do festival SXSW, prestigiado evento dedicado à música e tecnologia realizado no Texas, ela se apresenta no Sesc Pompeia, no dia 28 de março, uma quinta-feira - mais informações aqui

Ela também se prepara para dividir o palco com o cantor norte-americano Seal, em um show conjunto no Rock in Rio. A apresentação será no dia 27 de setembro, no palco Sunset.

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