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Dilma Rousseff cita divergências, mas exalta relação de respeito e admiração com Eduardo Campos

A presidente fez um pronunciamento na tarde desta quarta-feira, 13, após a morte do candidato do PSB à presidência da República

Redação Publicado em 13/08/2014, às 17h37 - Atualizado às 18h28

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Eduardo Campos  - Eraldo Peres/AP
Eduardo Campos - Eraldo Peres/AP

A presidente da República Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias – período em que ela também suspendeu todos os compromissos da campanha dela – após a morte do candidato Eduardo Campos, do PSB, em um acidente aéreo na cidade de Santos. A petista fez um pronunciamento oficial na tarde desta quarta-feira, 13, em que citou divergências políticas e exaltou uma relação de respeito e admiração que ela disse ter com o ex-governador de Pernambuco.

Veja mais informações sobre a morte de Eduardo Campos.

“Para além das nossas divergências, mantivemos sempre uma relação de respeito mútuo”, disse a presidente, que lembrou dos tempos em que foi ministra ao lado de Campos durante o governo Lula, entre 2006 e 2010, e da relação que mantiveram no primeiro mandato dela.

Eduardo Campos, que pregava uma campanha elogiosa aos ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas atacava a atual presidente da República, tinha 49 anos idade, e concorria à presidência após dois mandatos como governador no estado de Pernambuco. “O Brasil perde uma jovem liderança com um futuro extremamente promissor pela frente, no momento em que podia galgar os maiores postos do país”, disse Dilma.

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Ela ainda fez referências ao avô de Campos, o político, e também ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, definindo-o como “um grande político, um lutador que foi uma referência para a minha geração”. Dilma ainda sugeriu que Campos “seguiu seus passos” rumo ao governo do estado. Arraes morreu no mesmo dia e mês que o neto, em 13 de agosto de 2005, há exatos nove anos.

Mandando condolências aos familiares do político, Dilma lembrou-se da última vez em que esteve com Campos, no enterro do escritor Ariano Suassuna, morto em 23 de julho deste ano. A presidente também estendeu os cumprimentos aos parentes das outras vítimas do “desastre”, como ela definiu, sendo eles os pilotos Geraldo Cunha e Marcos Martins, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva, o cinegrafista Marcelo Lira e ainda o ex-deputado federal Pedro Valadares Neto.

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“É um momento de tristeza, que nós devemos também acatar com reconhecimento de que nós, seres humanos, fomos afetados pela fragilidade da vida, mas também pela força e exemplo das pessoas” disse ainda Dilma. “Espero que o exemplo de Eduardo Campos sirva para mantê-lo vivo na memória e nos corações das brasileiras e brasileiros.”

Marina Silva

A aliada do ex-governador de Pernambuco, Marina Silva, também comentou a morte do parceiro de campanha. “Quero pedir a Deus que sustente a Renata, ao Zé, ao João, a Duda, ao Pedro, ao pequenino Miguel e a todos os familiares e companheiros de Eduardo Campos”, disse ela em pronunciamento. “Essa é, sem sombra de dúvidas, uma tragédia, que nos impõe uma profunda tristeza, que sei que todos os brasileiros estão compartilhando com cada um de nós.”

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Segundo informações preliminares, Marina Silva, vice-candidata da chapa de Campos, teria o mesmo compromisso e viajaria no mesmo jatinho. De última hora, apurou a Folha de S. Paulo, Marina decidiu voar em outro avião com seus assessores. Ela ainda afirmou: “Durante esses dez meses de convivência aprendi a admirá-lo, a confiá-lo. A imagem que eu quero guardar é a dele de ontem, cheio de alegria, de sonhos. É com esse espírito que espero consolar a todos, a sua família.”

De acordo com o site da revista Veja, o irmão de Eduardo, Antônio Campos, afirmou que o presidenciável será enterrado no mesmo túmulo do avô Miguel Arraes, no Recife. Ele ainda lamentou o incidente: “Perdi um irmão muito amado, que foi um grande amigo. Eduardo morreu no mesmo dia que meu avô. Mas morreu lutando pelos seus ideais, tentando melhorar o Brasil. Que o Brasil faça uma reflexão sobre o destino do país.”