Empresa era conhecida pela publicação de livros de arte e de clássicos da literatura
Charles Cosac, cofundador da Cosac Naify, anunciou nessa segunda-feira, 30, ao jornal O Estado de S. Paulo, o fim da editora depois de quase 20 anos de atividade. O encerramento, decidido em acordo com o sócio Michael Naify, não acontecerá imediatamente e ainda não tem data exata para ocorrer.
Criada como editora de livros de arte, a empresa acrescentou com o passar dos anos ao seu catálogo obras de literatura. Entre elas, clássicos de Liev Tostói, por exemplo. Livros de música, como as biografias de David Bowie (cuja capa é reproduzida na foto acima) e de Sting e encadernações especiais dos Beatles e dos Rolling Stones, também foram impressos. O refinamento das publicações eram uma marca da Cosac Naify.
Ao O Estado de S. Paulo, Cosac revelou que apesar de ter perdido cerca de R$ 140 milhões com a editora, a decisão de fechá-la não foi exclusivamente econômica. “Só o meu desejo de que ela existisse não justificaria a manutenção da editora, cujos projetos culturais se encontram ameaçados neste momento”, diz ele, que manifestou a vontade de não deixar sua criação se desvirtuar.
A Cosac Naify possui 1600 títulos em seu catálogo. O primeiro deles foi Barroco de Lírios, do artista pernambucano Tunga, que terá um novo livro dele publicado na despedida do selo.